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Varejão: 'Hoje somos um time que ataca e defende com mais eficiência'

Pivô da seleção masculina de basquete destaca trabalho de Petrovic às vésperas da estreia no Mundial da China

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Por e Renan Fernandes
Atualização:

Aos 36 anos, quase 37, Anderson Varejão é o líder da seleção brasileira masculina de basquete que estreia no Mundial da China neste domingo, às 5h (horário de Brasília), diante da Nova Zelândia, em Nanquim, com transmissão do SporTV2. A competição dá vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Apesar de admitir que não será tarefa fácil ficar entre os dois melhores das Américas para se classificar, o pivô, em entrevista ao Estado, vê o Brasil mais confiável sob o comando do técnico croata Aleksandar Petrovic.

Além da seleção neozelandesa, na estreia pelo Grupo F, os brasileiros enfrentam Grécia, na terça-feira, dia 3 de setembro, às 9h, e Montenegro, na quinta-feira, dia 5, às 5h, ambos com transmissão do SporTV2. Apenas os dois primeiros avançam à segunda fase da competição que conta 32 seleções, divididas em oito grupos. 

Anderson Varejão recebe o carinho dos torcedores chineses antes da estreia da seleção Foto: Divulgação/CBB

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Após quase dois anos de trabalho de Aleksandar Petrovic, como o Brasil chega para  disputar o Mundial da China?

A evolução, o padrão de jogo da seleção fala pelo trabalho que está sendo feito pelo Petrovic. Ele é um técnico detalhista, conhece muito de basquete e conquistou o grupo com diálogo, com o seu perfeccionismo e tirando o melhor de cada um. Ele vem de uma escola de basquete de excelência e conseguiu montar uma base forte, mesclando juventude e experiência, lapidando o time, implantando um estilo de jogo que não tirou as principais características do basquete brasileiro. Melhoramos muito o jogo coletivo, as Eliminatórias foram importantes para isso, e hoje somos um time que ataca e defende com mais eficiência, o grupo ganhou corpo e equilíbrio. 

A preparação com vitórias significativas serviu para aumentar o nível de confiança da seleção?

Fizemos uma preparação muito boa, com cinco semanas e enfrentando adversários de vários estilos. As vitórias foram importantes para dar moral para o grupo, entender qual o nível que estamos jogando, ter uma comparação com seleções importantes. As vitórias foram boas, em um momento em que não conta muito, mas foram boas. Também tivemos uma boa atuação diante da França, perdemos no final e mostrou que temos de fazer alguns ajustes, como por exemplo manter o foco durante os 40 minutos para evitar surpresas. Chegamos bem (para o Mundial), jogando bem, muito preparados.

Qual o tamanho do desafio para se classificar para os Jogos de Tóquio?

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É difícil, sabemos disso. Mas chegamos forte, jogando bem, jogando um pelo outro e todo mundo sabendo qual é o seu papel para somar forças e alcançar esta vaga. 

Quais serão os principais adversários? Como fazer para parar o Antetokounmpo?

São os primeiros. Temos de pensar em Nova Zelândia, Grécia e Montenegro. Tem de ser uma coisa de cada vez, focar nestes adversários para conseguir passar do grupo. Sobre o Antetokounmpo, ele é o MVP da NBA, está em um excelente momento na carreira, mas temos de fazer o nosso dever de casa, ver o que podemos fazer para diminuir o volume dele. É muito difícil pará-lo, mas podemos diminuir sua participação. 

Após o Rio-2016, alguns jogadores como Nenê, Splitter e Guilherme Giovannoni se aposentaram da seleção. Você, Leandrinho, Huertas, Marquinhos e Alex seguiram com o grupo. Como vê a permanência de jogadores experientes em mais um ciclo olímpico?

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A gente sabe que os anos de experiência na seleção e nos clubes, NBA, Europa, Brasil, são importantes para este grupo, que tem uma mescla grande de jovens e jogadores experientes. E isso acaba sendo importante na renovação da seleção. O mais importante é que está todo mundo fechado, focado no que precisa fazer e com o mesmo objetivo.

Jogadores como Didi e Yago podem sentir o peso de disputar um torneio tão importante pela seleção pela primeira vez?

São jovens, com pouca experiência, estão aparecendo agora no cenário nacional e internacional, mas o importante é eles se prepararem da melhor maneira possível porque isso pode fazer diferença, suprir esta falta de experiência. Tudo isso é normal, nós, mais experientes, já passamos por isso. E procuramos passar para eles o que vivemos quando for necessário. 

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Como vê o retorno do Caboclo à seleção após o episódio de indisciplina na Copa América? Vê se ele mais maduro neste momento tanto dentro quanto fora de quadra?

Ele está muito focado, entra um pouco neste grupo do Yago e do Didi, sem tanta experiência ainda. Ele sabe disso, vem trabalhando, se preparando para chegar no Mundial e nos ajudar da melhor maneira possível. O grupo está fechado, sempre um ajudando o outro, dando um toque aqui outro ali, para não termos surpresas no Mundial.

Como vê o fato de os EUA não irem com força máxima?

Muito se fala sobre isso, mas, se você olhar o time dos Estados Unidos, eles ainda são favoritos. São jogadores jovens, com alguns anos de NBA, mas com um potencial muito grande e não tem como desrespeitar os caras. Eles vão também com uma comissão muito competente. São favoritos sempre. 

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