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A ´febre Ronaldo´ não pára de crescer

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe de segurança do Real Madrid reforçou seu efetivo ontem, no desembarque do time no aeroporto de Santander. Foi uma ordem do presidente do clube, Florentino Pérez, para Ronaldinho não ser incomodado. Apesar do forte aparato de segurança, cerca de 600 torcedores assediaram o Fenômeno em busca de autógrafos. O movimento dos fãs no aeroporto é apenas um detalhe da "Ronaldomania" que se espalha pela Espanha. A "febre Ronaldo" chegou em Santander no início da semana, quando dirigentes do Racing resolveram aumentar em até 50% o preço dos ingressos do jogo de hoje contra o Real. O mais barato saiu por US$ 30 e o mais caro, por U$ 105. Não ficou nenhum dos 15.600 colocados à venda nas bilheterias. O alvoroço que o Fenômeno provocou em Santander não surpreendeu os dirigentes do Real. José Ángel Sáncchez, diretor-geral de marketing do clube, detectou o que está acontecendo com Ronaldinho. "Ele é o Harry Potter do futebol. É o número 1 do magnetismo mercantil. Como o personagem de contos infantis, Ronaldo é capaz de vender todos os produtos associados à sua imagem", comentou Sánchez, encarregado de promover a parceria Ronaldinho-Real Madrid. O diretor de marketing ainda não apresentou um balanço das vendas do clube. Divulgou apenas que mais de 200 mil camisas com o número 11 e nome de Ronaldo nas costas foram vendidas em 20 dias. Cada peça custa US$ 72. Sánchez revelou que a "Ronaldomania" fez o comando do Real antecipar o lançamento da "Área Real Madrid", seis lojas que serão espalhadas na Espanha, incluindo Barcelona, com direito de exploração dos produtos do clube. Em Madri, a "febre" também é geral. A imprensa já criou até o "tour Ronaldo", seqüência de restaurantes que o jogador brasileiro freqüenta. A rota inclui o Asador Donostiarra (carnes na brasa), De Maria (assados em fatias) e Lucio (famoso por seus ovos fritos), todos com freguesia tradicional da cozinha espanhola. Ele costuma freqüentar esses restaurantes em companhia de Figo, Zidane e Roberto Carlos. Apesar dessa constelação, é o mais perseguido. Rivais do Real na briga pelo prêmio da Fifa Não chega a ser uma novidade para o Fenômeno. O jogador tem consciência do peso da sua imagem. Por isso desfruta de contratos com a Nike, Parmalat, Pirelli, AmBev e, o mais recente, a TIM (Telefonia Móvel Italiana), que acaba de chegar ao Brasil. No lançamento dos produtos da TIM no País, ontem, centenas de "Ronaldinhos" divulgaram os produtos da empresa. Rapazes, com a cabeça raspada e o topetinho que o jogador usou na Copa do Mundo, distribuíram folhetos nas principais capitais. A "Ronaldomania" deve avançar ainda mais em meados de novembro quando a Fifa eleger o melhor jogador do mundo na temporada. Ronaldinho, anunciou a imprensa espanhola, é um dos sérios candidatos ao lado de Zidane, Raul e Roberto Carlos, todos do Real Madird. Até por isso, Florentino Pérez está rindo à toa. Ele pagou US$ 45 milhões para tirar o Fênomeno da Inter e garantiu 50% de todos os eventuais contratos de publicidade que Ronaldinho assinar daqui para frente. O jogador também desembolsou US$ 5 milhões para cair fora da Itália. Pretende recuperar essa forturna na Espanha com a "Ronaldomania". Parece que não é um equívoco.

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