19 de abril de 2021 | 14h32
O futebol europeu "acordou" estremecido na manhã desta segunda-feira. Isso porque 12 dos maiores clubes da Europa - Arsenal, Manchester United, Manchester City, Chelsea, Liverpool, Tottenham, Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madri, Juventus, Inter de Milão e Milan - formalizaram a intenção de criar uma Superliga fora da chancela da Uefa, e rompendo com a Liga dos Campeões, a tradicional competição do continente, que tem o Real Madrid como seu maior vencedor: 13 vezes.
Com o novo torneio "recheado" de gigantes europeus e suas respectivas estrelas, surge uma dúvida: será que a Superliga significa o fim da Liga dos Campeões da Europa? Ao que tudo indica, não. A princípio, a intenção dos 12 clubes é tida como uma ameaça a ser combatida. Ou seja, a Uefa, aliada com a Fifa, buscará frustrar a iniciativa com toda sua força. Os planos para que isso aconteça já estão em curso na Europa.
Através de seu presidente, o esloveno Aleksander Ceferin, a entidade máxima do futebol na Europa prometeu banir times e vetar a participação na Copa do Mundo dos jogadores que disputarem a Superliga. "Vamos tentar usar todas as sanções contra os clubes da Superliga e valorizar a Liga dos Campeões", disse Ceferin.
Se o racha se confirmar, a Liga dos Campeões vai ser enfraquecida. Mas ela não acaba. Há contratos vigentes de transmissão de seus jogos até 2023, por exemplo. Há compromissos com patrocinadores pelo mesmo período.
A Uefa anunciou nesta segunda-feira mudanças no formato da Liga dos Campeões. A principal alteração se concentra na fase inicial do torneio, que não será mais no modelo de grupos. Além disso, a competição passa a ter mais quatro participantes. Em vez de 32 times, serão 36. A entidade também incluiu uma espécie de "repescagem" antes do início da etapa final. Os oito melhores clubes se classificam, enquanto do nono ao 24º é dada nova oportunidade de disputa. As mudanças serão implementadas a partir da temporada 2024/25.
Clubes grandes e importantes estão dispostos a valoriza a Liga dos Campeões. Casos, por exemplo, de PSGm de Neymar, Bayern de Munique e Porto. Há outros. A Liga vai continuar sua fase sefiminal na próxima semana e promete achar um caminho para a edição 2021/22 casos não possa contar com os clubes dissidentes.
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