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A última chance de Gilberto

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Por Agencia Estado
Atualização:

Gilberto tem 28 anos, já rodou por Grêmio, Flamengo, São Caetano, Inter de Milão, entre outros clubes. Na temporada de 2004-05 participou de 33 dos 34 jogos do Hertha Berlin no Campeonato Alemão e agora será titular na Copa das Confederações. Mesmo assim, se sente um novato na seleção. Mas um ´quase estreante´ consciente de que tem a melhor, e provavelmente única, chance de carimbar passaporte para o Mundial de 2006. "A oportunidade é esta e não tenho o direito de deixá-la escapar", afirmou hojepela manhã, com serenidade compatível com o cenário deslumbrante do hotel em que o Brasil está concentrado. "Se eu não disputar a Copa do ano que vem, meu tempo vai passar", previu. "Nem penso na próxima, porque estarei com 32, quase 33 anos, e será muito mais difícil ter vaga." Gilberto não quer perder o trem da história, que resultaria na exclusão do seleto grupo que Parreira trará à Alemanha dentro de um ano. Para tanto, se propõe a não errar, a seguir à risca o script que lhe for entregue -, e não se importa em representar papel secundário numa companhia com tantos astros de primeira grandeza. "Lutei a vida toda para estar aqui e não vou vacilar", garantiu. "O Mundial começa agora na minha cabeça e espero mostrar que tenho condições de ser o reserva de Roberto Carlos." Ser a alternativa marca a breve carreira de Gilberto na seleção. Dois anos atrás, foi chamado por Parreira para servir de opção ao time, já que o titular na Copa das Confederações realizada na França foi o ex-corintiano Kléber. Naquela ocasião, o time acumulou fiascos, saiu na primeira fase e ele jogou apenas contra a Turquia, na terceira rodada, a da despedida. "O retorno é também um desafio para mim", reconheceu. "Por isso, não posso errar, nem sentir de dor, nem estranhar comida, concentração, nada", brincou. Gilberto admite ainda que a pressão psicológica é grande, embora não seja nenhuma novidade em sua vida. "Minha passagem na Europa não foi boa, porque quase não joguei na Inter. Senti a responsabilidade ao vir para a Alemanha e me dei bem no Hertha", comparou. "Volto a sentir o desafio, com a nova fase na seleção." E espera ter sucesso semelhante.

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