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Abel completa 10 meses de Palmeiras e se torna o segundo técnico mais longevo do Brasileirão

Treinador português agora está atrás apenas de Maurício Barbieri, que dirige o Red Bull Bragantino desde setembro do ano passado

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Por Ricardo Magatti
Atualização:

Abel Ferreira

completou nesta segunda-feira dez meses de

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. O treinador português conquistou os torcedores palmeirenses, mas também convive com críticas no vitorioso e turbulento período em que está no clube. Ele se tornou, com a demissão de Guto Ferreira do Ceará, o segundo técnico mais longevo da elite do futebol brasileiro.

Anunciado em 30 de outubro de 2020 para suceder Vanderlei Luxemburgo no Palmeiras, Abel só está há menos tempo à frente de um clube da Série A do Brasileirão do que Maurício Barbieri, que dirige o Red Bull Bragantino desde setembro do ano passado.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras Foto: Cesar Greco/ SE Palmeiras

Uma das principais revelações de uma geração de jovens técnicos portugueses, Abel, natural da cidade de Penafiel, tem 74 jogos no comando do Palmeiras. São 42 vitórias, 13 empates e 19 derrotas. Neste ano, ele busca o seu terceiro título. Como disse em sua apresentação em novembro de 2020, o ambicioso treinador não atravessou o Atlântico "para passar férias".

Para além dos números, Abel, na temporada passada, foi responsável por resgatar uma equipe em baixa e com problemas e conduziu o time alviverde às conquistas da Libertadores - esta depois de 21 anos - e da Copa do Brasil. Tornou-se, com os troféus, o único técnico a ganhar dois títulos em uma mesma temporada pelo Palmeiras neste século.

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Nesta temporada, o treinador amargou três vices, o da Supercopa do Brasil, da Recopa Sul-Americana e do Campeonato Paulista. Os insucessos foram sucedidos de críticas ao seu trabalho e a situação adversa foi potencializada com a eliminação precoce na Copa do Brasil para o CRB, da segunda divisão nacional.

O português, porém, conseguiu fazer ajustes até a equipe melhorar. Estudioso, ele elaborou uma estratégia determinante para que o Palmeiras eliminasse o São Paulo e avançasse às semifinais da Libertadores. Além disso, o time é o vice-líder do Brasileirão, atrás do Atlético-MG, que será seu rival por uma vaga na decisão do torneio continental do qual é o atual campeão.

Abel é dedicado, estudioso, inquieto, exigente e, sobretudo, intenso. Seu discurso é direto e eloquente. Ele já fez críticas públicas à diretoria pela ausência de reforços nesta temporada e também não se furtou de questionar a torcida que apoia a equipe nos momentos bons, os "torcedores das vitórias", como ele definiu.

Em seus primeiros meses no Brasil, o português morou na Academia de Futebol, o CT do Palmeiras. Ele procura viver intensamente a rotina do clube, e isso inclui a presença em eventos como a inauguração da nova sala de troféus na semana passada e o evento em que o presidente Maurício Galliote foi condecorado pelo Consulado Geral da Itália, em São Paulo.

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Abel e o elenco folgam nesta segunda e terça e voltam aos trabalhos na quarta-feira. O Palmeiras entra em campo novamente apenas no dia 12 de setembro, contra o Flamengo, às 16h, pela primeira rodada do returno do Brasileirão. Até lá, o estudioso treinador tentará armar uma estratégia para desbancar o forte rival rubro-negro e também usará o tempo livre para melhorar o desempenho da equipe.

"Vamos aproveitar as semanas para afinar processos, nossas formas de atacar, defender, bolas paradas, transições. Os pênaltis também", explicou o técnico após a vitória sobre o Athletico-PR. "Vamos deixar todos prontos para os encontros daqui a 15 dias. Vamos aproveitar bem as duas semanas. Disse aos jogadores: nós a 100% de nossas capacidades podemos ganhar de qualquer equipe".

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