Abel Ferreira diz que 'verdadeiros heróis' são os que lutam pela vida na pandemia

Treinador comenta que gostaria de ver o Maracanã cheio, mas que a batalha contra a pandemia não está ganha

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Por Marcio Dolzan
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Ao lado do zagueiro Gustavo Gomez, o técnico Abel Ferreira concedeu uma entrevista coletiva que até teve os seus clichês, mas que no fim ficou marcada pela forma como o treinador português se referiu a eles. Entre perguntas envolvendo a pressão por uma vitória e sobre a possibilidade de o elenco atual entrar na galeria de heróis na final contra o Santos, o treinador do Palmeiras dedicou sua resposta mais longa para falar sobre a pandemia do novo coronavírus. E exaltou médicos, enfermeiros e todos os profissionais de saúde que atuam na linha de frente.

"Eu gostaria de ver este estádio cheio, como já vi pela televisão. Olhar para o templo do futebol cheio. Mas temos que ter cuidado, porque essa batalha (contra a pandemia) não está ganha. Este jogo não está ganho. É com isso que temos que nos preocupar. Isso sim é questão de vida ou morte", afirmou o treinador.

Abel Ferreira conversa com Felipe Melo no gramado do Maracanã Foto: Wilton Junior/Estadão

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"Quando falamos em pressão... Pressão é o enfermeiro que está lá, é o médico que está lá, que pode acontecer algo e tirar uma vida. Isso é que a pressão. O que sentimos aqui é uma pressão diferente", comparou Abel.

"É um jogo que nós queremos ganhar, que nós queremos competir, mas, aconteça o que acontecer, nós vamos seguir em frente. Agora, essas pessoas que estão botando a cara, que estão na luta, na linha de frente, enfermeiros, médicos que tentam tratar essa maldita pandemia, esses que são os verdadeiros heróis."

Antes, o treinador falou sobre os ensinamentos trazidos pela pandemia. "Eu adoro futebol, é minha paixão. Mas adoro viver, adoro contato, adoro abraçar, adoro pessoas, adoro sentir. Isso é algo que custa, e eu como treinador, vocês como jornalistas, nós enquanto cidadãos, temos que ter cuidado. Não só por nós, mas também pelo próximo. Acho que essa pandemia mais do que nunca veio nos trazer valores que nós tínhamos esquecido; um simples abraço, um simples beijo, um simples toque e o significado dele."

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