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Adriano conquistou seu lugar no São Paulo

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Por Agencia Estado
Atualização:

Em 1951, preparando-se para o Campeonato Paulista, o Corinthians contratou o habilidoso meia Ciciá, do Jabaquara. Para fechar o negócio teve de trazer também o desconhecido goleiro Gilmar. O resto da história é conhecido: ninguém sabe o que aconteceu com Ciciá e Gilmar transformou-se no grande goleiro do Brasil, ganhando os títulos mundiais de 1958 e 1962 e fazendo ainda muito sucesso no Santos de Pelé. Guardadas as devidas proporções, a história está se repetindo. A Portuguesa Santista fez um bom Campeonato Paulista e o São Paulo contratou o artilheiro Rico e o meia Souza. Trouxe também o volante Adriano, muito menos badalado que os companheiros. Rico ainda tenta um lugar no time principal, Souza rompeu os ligamentos e está há cinco meses sem jogar e Adriano ocupou com distinção o lugar de Maldonado, que se transferiu para o Cruzeiro. E ganha bem menos do que a metade dos R$ 90 mil pedidos pelo volante chileno para ficar no São Paulo. Para firmar-se no Morumbi, Adriano teve de enfrentar uma desconfiança bem fundamentada. Como pode alguém jogar dez anos na Portuguesa Santista e não ser notado por ninguém? Que tipo de revelação é essa, que só aparece aos 23 anos? "Acontece que a Santista nunca montava um time competitivo, sempre ficava entre os últimos e ninguém tinha chance de aparecer. Então, quando o Pepe montou esse time, que deu trabalho, vários jogadores tiveram oportunidade de aparecer. Além de nós três, o Nenê foi para o Guarani. Tive convites do Palmeiras e do Guarani, mas acertei em vir para cá", diz o volante. No São Paulo, Adriano quer recuperar o tempo perdido. Traçou um plano para conseguir a vaga de titular e, assim, ir mais longe na carreira. "A primeira coisa é estar sempre jogando e colaborando com o time. Por essa razão, evito levar cartões vermelhos ou amarelos. Sempre busco me posicionar em campo para não fazer faltas desnecessárias. Se você está em campo e não faz besteiras é um motivo a mais para se dar bem", afirma o são-paulino. O segundo passo será, como sonha todo jogador, chegar à seleção brasileira. "Quando você está em um time grande, o tempo corre mais depressa. São muitos campeonatos, os jogos passam na televisão e a gente acaba conhecido. Em pouco tempo pode-se chegar à seleção. Não adianta ficar olhando para trás, para o passado na Portuguesa Santista. Agora jogo no São Paulo e tenho de pensar grande." Para Adriano, nenhum sonho se concretiza sem um bom Campeonato Brasileiro. "A gente quer ganhar esse campeonato. A torcida pode confiar nisso."

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