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Adriano e Kaká chegam de muletas

Os dois jogadores serão obrigados a realizar tratamento médico durante o período de férias. Adriano condenou a violência dos jogadores do Atlético-PR.

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma noite após a derrota para o Atlético-PR os jogadores do São Paulo não sabiam dizer o que os abalava mais: a eliminação no Campeonato Brasileiro ou a conivência do árbitro Antônio Pereira da Silva com as jogadas violentas do adversário. Hoje, no Aeroporto de Congonhas, os meias Kaká e Adriano, com problemas no tornozelo esquerdo, desembarcaram de muletas e seguiram para consultório do médico Luiz Augusto Gaspar para radiografias. Kaká e Adriano reagiram de maneiras distintas ao episódio. O primeiro preferiu evitar polêmica e não falou sobre a falta do volante Cocito que lhe tirou da partida. A contusão o obrigará a adiar as férias para fazer tratamento médico. "Por sorte não aconteceu o que mais temíamos, que eram problemas de fratura. O caso de Adriano, que sofreu uma entorse, foi mais grave", disse o médico do São Paulo, José Sanches. Adriano, por outro lado, não deixou passar e reclamou. "Viemos para jogar futebol e eles vieram para bater", disse o meia, que também terá de adiar as férias. "Se o juiz tivesse coibido as jogadas violentas no início da partida, esses problemas não teriam acontecido. Falo isso agora porque não quero que aconteça com os outros o que aconteceu comigo." O meia também fez uma revelação: a de que bateu o pênalti porque o atacante França, que deve anunciar em breve a tranferência para a Alemanha, jogou com problemas intestinais. "Sinceramente, ainda não assimilei que estamos em férias", disse o meia Leonardo, que deverá definir seu futuro no futebol nos próximos dias. Na avaliação do jogador, acostumado ao jogo físico do futebol europeu, a necessidade de unir técnica a força física é uma realidade do futebol moderno, no entanto, na quarta-feira, o Atlético-PR acabou abusando das jogadas violentas. "Mas eles não ganharam só por isso, eles também criaram jogadas e provaram que não estão aí à toa." O meia Júlio Baptista diz que tirou uma lição de tudo o que aconteceu. "Eles foram desleais, mas foi bom para aprender", diz o jogador. Segundo ele, o time do São Paulo preferiu não revidar a violência com medo de uma expulsão que poderia selar a sorte do São Paulo. "Da próxima vez, vamos entrar do jeito que eles entraram." O técnico Nelsinho Baptista preferiu rebater as perguntas sobre seu futuro no São Paulo com a afirmação de que se reunirá em breve com a diretoria do Tricolor para definir a programação e as mudanças no grupo que defenderá o time em 2002. O diretor de futebol José Dias admitiu a negociação do passe de França que ainda não foi concluída.

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