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Adversário de Leco convoca reunião e pode desistir de candidatura

Newton Ferreira cogita desistir de ser presidente do São Paulo

Por Ciro Campos
Atualização:

O candidato de oposição na eleição para a presidência do São Paulo, Newton Ferreira, convocou para a quarta-feira da próxima semana uma convenção com aliados para discutir se deve permanecer na disputa contra Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. O pleito está marcado para a noite desta terça-feira, mas uma liminar obtida na tarde desta segunda-feira na Justiça pode impedir a realização da escolha do sucessor de Carlos Miguel Aidar.

Em contato com a reportagem, Ferreira disse que trabalha com a possibilidade da disputa não ser realizada na noite desta terça-feira, como estava marcado originalmente. "Estamos convocando uma convenção para o dia 3 de novembro para conversarmos sobre a possibilidade de candidatura única, ou o posicionamento da oposição. Caso haja necessidade, abro mão da minha candidatura", contou o candidato.

Newton Ferreira é candidato à presidência do São Paulo Foto: Arquivo Pessoal

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Ferreira tem o apoio de um grupo formado por ex-presidentes do São Paulo, como Fernando Casal de Rey, José Eduardo Mesquita Pimenta e Paulo Amaral. A aliança formalizou o candidato no último dia do prazo, quinta-feira passada, e concorreria em eleição na noite desta terça contra o presidente interino, Leco, que assumiu o cargo no dia 13 depois da renúncia de Aidar, que é acusado de corrupção.

A escolha da data da eleição motivou um grupo de conselheiros, liderado por Francisco Vasconcelos da Silva, a entrar na Justiça. A juíza Mônica Reis Lobo concedeu liminar favorável à argumentação dos opositores. Na opinião deles, Leco agiu em causa própria como mandatário interino ao convocar a eleição para 14 dias depois da renúncia de Aidar e não 30, como estipula como prazo máximo o estatuto do São Paulo. Segundo esses conselheiros, a atitude de Leco atrapalhou a articulação de candidaturas de adversários.

Em nota oficial, Leco criticou a atitude dos opositores e prometeu tentar cassar a liminar até o horário da eleição. O São Paulo conta que pode recorrer e espera realizar a escolha do presidente na noite desta terça-feira. O vencedor ficará no cargo até abril de 2017.

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