PUBLICIDADE

Agressão após clássico assusta família de torcedor do Palmeiras

Marcos Estevan foi acertado na cabeça com barra de ferro

Por Nathalia Garcia
Atualização:

Os últimos dias foram de aflição para a família de Marcos Antonio Estevan. No domingo, o palmeirense voltava do clássico no Pacaembu com o filho Elvis Raul e o amigo Bruno quando foi surpreendido e agredido por torcedores corintianos na Avenida Doutor Arnaldo, zona oeste de São Paulo. “Quase morri do coração”, diz Maria Zilda, mulher da vítima. Marcos deixou o Hospital das Clínicas na segunda-feira, às 17h30, e já está de volta à sua casa em Santana de Parnaíba. Restam os ferimentos da pancada sofrida na cabeça com uma barra de ferro.  De acordo com o Boletim de Ocorrência, registrado no 91º Distrito Policial (Vila Leopoldina), Marcos conta que eles pararam o carro atrás de uma caminhonete enquanto aguardava o semáforo vermelho e, neste momento, torcedores uniformizados da Gaviões da Fiel, principal organizada do Corinthians, desceram de dentro do baú do pequeno caminhão que transportava bandeiras e começaram a atacar o automóvel. 

O pai saiu do carro imediatamente para tentar se proteger e evitar que quebrassem o veículo de seu filho Elvis, de 25 anos. “Mas os corintianos começaram a investir contra ele com socos e pontapés e depois passaram atingi-lo com algo que parecia ser uma barra de ferro”, narra o documento. Elvis acrescenta que permaneceu no veículo, que acabou danificado em vários pontos, entre eles o para-brisa. Bruno, apontado como testemunha, conta que se abaixou no interior do carro em busca de proteção e só levantou a cabeça quando a Polícia Militar já havia feito a intermediação do conflito. O trio foi encontrado pelos policiais que conduziam a escolta dos torcedores da Gaviões da Fiel do Pacaembu para a estação Clínicas do Metrô. Marcos foi levado ao hospital, onde deu entrada no domingo, às 19h46. Entre os corintianos, estavam quatro menores de idade – de 15, 13, 10 e 8 anos – e dois integrantes da Gaviões da Fiel envolvidos no caso de Oruro. Leandro Silva de Oliveira e Tadeu Macedo Andrade foram presos na Bolívia acusados de disparar o sinalizador que matou o garoto Kevin Espada em partida contra o San José, em fevereiro de 2013. Todos os autores assinaram um termo de compromisso e foram liberados. Preocupada, Maria Zilda conta que o caso já está nas mãos dos advogados e deixa a escolha de continuar frequentando estádios ao marido, de 50 anos, e ao filho. “São adultos. Eu não queria que eles fossem mais, mas a decisão é deles.” Ela afirma que o jovem ainda não deu uma posição definitiva sobre o assunto após o susto. Marcos e Elvis evitam comentar a briga para frear a repercussão.  

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.