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Aidar critica Ceni em entrevista: 'Ou joga o jogo dele, ou está fora'

Ex-presidente do São Paulo ainda faz acusação contra Milton Cruz

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Por Redação
Atualização:

O ex-presidente do São Paulo Carlos Miguel Aidar, mesmo tendo renunciado há dois meses da presidência do clube, continua atirando para todos os lados. Além das já tradicionais críticas aos seus opositores, o ex-dirigente também apontou sua metralhadora de críticas ao ex-técnico do tricolor Juan Carlos Osorio, o auxiliar Milton Cruz e até ao ídolo Rogério Ceni, que se despediu do futebol em grande festa na última sexta-feira.

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Em entrevista ao Diário de S. Paulo, Aidar criticou a postura do ex-goleiro como líder e falou sobre supostas divergências dele com outros atletas do elenco. "Ou você joga o jogo dele ou está fora do jogo. Eu já achava que estava na hora de abrir espaço para outro goleiro no ano passado, mas houve uma baita pressão e ele ficou até agora", afirmou. "O Rogério Ceni não deixava que surgissem líderes. Um exemplo era o Dória, que batia de frente com ele. O Rogério também não gosta do Pato pelo fato de ele ganhar muito. O Rogério marginaliza essas lideranças."

Outro alvo foi Milton Cruz, acusado de beneficiar sua família na contratação do zagueiro Luiz Eduardo e de receber ligações do empresário Abílio Diniz durante as partidas com palpites sobre a escalação do time. "O Luiz Eduardo quem descobriu com olhos clínicos foi o Milton Cruz. E quem fez o agenciamento? O filho do Milton. Eu deveria ter mandado embora o Milton", contou. "Tive de proibir o Milton Cruz de levar o celular para o banco de reservas e para o vestiário, porque descobri que o Abílio Diniz ficava ligando durante o jogo para dar palpite sobre escalação."

Aidar volta a dar entrevista polêmica após sair da presidência do São Paulo Foto: Sérgio Castro/Estadão

Sobre Osorio, o ex-mandatário garante não ter se arrependido por contratar o colombiano, mas também não escondeu sua contrariedade quanto aos seus métodos de trabalho. "Não sei como ele ganhou o respeito incrível da imprensa e da opinião pública. Era um marqueteiro danado. Não repetiu o time uma vez em 22 partidas. Isso não é coisa de treinador, mas de alguém achando que o São Paulo é laboratório". disse. "Eu sabia que ele fazia rodízio, mas não sabia que punha goleiro de centroavante, lateral no meio-campo. Se soubesse, não o traria. Só me arrependo de não ter mandado a mensagem no celular dele antes. Fui eu quem mandou ele parar de rodízio para definir logo o time."

Aidar ainda voltou a bater duramente em Ataíde Gil Guerreiro, pivô de sua renúncia ao gravar áudio que comprovaria sua participação em comissões em negociações de jogadores. O ex-presidente falou sobre o episódio no qual ele teria sido agredido pelo vice-presidente de futebol. "Houve uma tentativa dele de me enforcar. Tudo começou no sábado, quando ele foi na minha sala no Morumbi e gravou o tal áudio. Aí, no café da manhã de segunda-feira, da diretoria, ele veio dizer que o negócio do Maidana estava esquisito. Respondi que ele e o pessoal da base que tinham começado o negócio e que passei a negociar porque eles eram incompetentes e perderiam o atleta."

"Do nada, o Ataíde bateu a mão na mesa. Eu também bati na mesa e disse para ele parar de ficar com frescura. Perguntei na frente de todo mundo se o Julio Casares havia emprestado dinheiro para o Ataíde. Ele disse que sim. Aí, o Ataíde pôs as duas mãos no meu pescoço. Para me defender, acabei quebrando a cartilagem de um dos dedos da mão", concluiu.

Para completar, o ex-cartola ainda se disse arrependido por ter voltado à presidência do clube, cargo que já havia ocupado entre 1984 e 1988. "Foi um erro voltar ao São Paulo. Em 2014, eu estava numa zona de conforto, ganhava sem nem ir ao escritório. Não é fácil ficar ouvindo falarem mal da minha filha, da minha mulher. Me chamando de corno, viado, ladrão…"

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