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Aidar minimiza bronca de Muricy Ramalho em Boschilia

Para presidente são-paulino, chamada de técnico no jovem jogador não foi exagerada

Por Paulo Favero
Atualização:

SÃO PAULO - Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, evitou entrar em polêmica com o técnico Muricy Ramalho por causa da bronca do treinador no jovem Boschilia, logo que acabou o clássico de domingo com o Corinthians na Arena Barueri. Para o dirigente, a atitude do treinador foi normal e não tem qualquer outro problema por trás disso."Pelo que eu vi, o São Paulo levou o gol por uma falha na cobertura pelo lado. O Osvaldo teria de fazer aquela cobertura e, ao colocar o Boschilia, o Muricy deve ter dado a mesma recomendação. Ele ficou nervoso e fez aquilo no calor da partida. Não tem problema algum e acho que o São Paulo teve mais presença em campo no jogo", diz. "O Muricy ficou nervoso, foi mais um desabafo. Não há nada contra."Aidar não vê relação da bronca pública ao garoto com a formação de jogadores em Cotia. Lá, o São Paulo mantém o centro de treinamento das categorias de base, mas o próprio Muricy usou algumas palavras após o clássico para marcar as diferenças entre a base e o profissional. "Aqui não é juvenil, não é amador. É profissional. Se mando fazer, tem que fazer. Ele não está em Cotia, está na Barra Funda. O negócio aqui é muito grande. O pessoal que vem de lá de Cotia tem que entrar mais concentrado."Na semana anterior, logo após o jovem zagueiro Lucão ser usado contra o CRB - e feito o segundo gol da equipe -, Muricy avisou que o rapaz não ficaria nem no banco de reservas diante do Corinthians. Há no São Paulo quem entenda que isso tudo serve apenas para o técnico reforçar que não vê nos meninos da base as soluções para os problemas da equipe e que isso transparece a necessidade de mais reforços.Para Aidar, não existe qualquer problema de Muricy em relação ao trabalho feito nas categorias de base. "Não há nada que desmereça isso. Nosso trabalho em Cotia vai continuar prestigiado como revelador de talentos", conclui, lembrando que, se o clube não apoiasse seus atletas, não estaria pedindo a liberação de Rodrigo Caio e Ademilson, convocados para a seleção brasileira sub-21. "Eles vieram da base e fazem falta ao São Paulo. Vou conversar com o doutor Marin para tentar liberá-los da convocação."

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