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Ajuda de Estatal pode garantir Série B

Segundo o ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, a BR Distribuidora vai arcar com cerca de R$ 7 milhões, "o suficiente para o custeio das passagens".

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os clubes da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro estão próximos de eqüacionar um de seus principais problemas para a realização da competição, com o custeio pela BR Distribuidora, das passagens aéreas. O ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, informou que está sendo o mediador das negociações, desde que foi procurado na semana passada por representantes da Futebol Brasil Associados (FBA) - entidade que representa as equipes da série B. "A BR Distribuidora vai arcar com cerca de R$ 7 milhões, o suficiente para o custeio das passagens", disse o ministro, lembrando que as negociações ainda não estão concluídas, durante uma visita nesta segunda-feira à tarde ao Centro Olímpico da Mangueira. "Esse projeto tem o apoio do Ministério do Esporte e é bom para todas as partes envolvidas." De acordo com o ministro, a BR Distribuidora não desembolsaria o valor correspondente às passagens, mas deduziria o montante da dívida que a Varig possui com a estatal. Em janeiro, a empresa aérea devia cerca de R$ 140 milhões. Em retribuição às passagens aéreas, os clubes da Série B cederão espaço publicitário à BR Distribuidora. A estatal teria o direito de explorar as camisas das equipes, as placas nos estádios, além de comerciais na TV. Agnelo, no entanto, enfatizou que não existe a possibilidade de o Ministério do Esporte arcar com qualquer quantia para ajudar financeiramente os clubes da Série B. Ele frisou que o papel do governo é o de viabilizar este tipo de parcerias e não o de custear as equipes. À noite, o ministro reservou algumas horas para encontro com os presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa, e da Petrobrás, José Eduardo Dutra. Agnelo explicou que na pauta das duas reuniões estava o patrocínio das estatais aos projetos sociais do governo. Citou a ampliação das fábricas de materiais esportivos, nas penitenciárias do País, e projetos já desenvolvidos pelo ministério. "Se vamos ampliar os programas, vamos precisar de mais materiais esportivos. Para isso, precisamos de dinheiro para ampliar sua produção", disse Agnelo. O ministro assegurou que nada seria tratado sobre os clubes da Primeira ou Segunda Divisão com os presidentes do BNDES e da Petrobrás. Ele explicou que o assunto já está sendo analisado com o ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, com quem se encontrou semana passada. O dia do ministro no Rio começou com o lançamento do programa "Brasil Mostra a sua Força - Agora você pode praticar esporte no quartel", em parceria com o Ministério da Defesa, no Centro de Educação Física Almirante Alberto Nunes (Cefan), da Marinha. Inicialmente, o Ministério do Esporte vai investir R$ 900 mil e atenderá 1.200 crianças. Além do Cefan, a Universidade da Força Aérea Brasileira (Unifa), no Grupamento de Fuzileiros Navais, em Brasília, e as Escolas Preparatórias de Cadetes do Exército (Espcex) também participam desta primeira etapa. Ao final de quatro anos, a expectativa é a de que 20 mil crianças e adolescentes, entre 10 e 17 anos, sejam beneficiados com o uso das instalações das Forças Armadas à prática do Esporte.

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