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Hegemonia na África e torcida de milhões: conheça o Al Ahly, adversário do Palmeiras no Mundial

Clube egípcio tenta ser novamente pedra no sapato do time brasileiro no torneio da Fifa após vitória na disputa do terceiro lugar em 2021

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Foto do author Ricardo Magatti
Por Ricardo Magatti e e Rodrigo Sampaio
Atualização:

O Palmeiras estreia no Mundial de Clubes nesta terça-feira, às 13h30 (horário de Brasília), diante do Al Ahly, no estádio Estádio Al Nahyan, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes. O time egípcio venceu o Monterrey, do México, por 1 a 0, e agora disputa uma vaga na decisão do torneio com o time brasileiro.

Esta será a segunda vez que as equipes se enfrentam no Mundial. Em 2021, o Al Ahly ficou com o terceiro lugar ao bater o Palmeiras nos pênaltis por 3 a 2 depois de um 0 a 0 no tempo normal. Naquela ocasião, o Tigres, do México, carrasco dos palestrinos na semifinal, fez a finalíssima com o Bayern de Munique, com a equipe alemã vencendo por 1 a 0 e garantindo o título. 

Time do Al Ahly comemora classificação diante do Monterrey Foto: AFP

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Pouco conhecido no Brasil, o Al Ahly é uma verdadeira potência do futebol africano, sendo o clube mais bem sucedido do continente. Baseado em Cairo, capital do Egito, os "águias vermelhas", como são conhecidos, já conquistaram 10 vezes a Liga dos Campeões da África — oito somente nos últimos 20 anos, incluindo as duas últimas edições. Eles também detêm 42 títulos da Liga Egípcia, além de 37 troféus da Taça Egípcia. 

Fundado em 1907, o Al Ahly é o segundo maior ganhador de títulos internacionais do mundo, atrás apenas do Real Madrid. São 26 taças dos espanhóis contra 21 dos egípcios. Estipula-se ainda que o clube tenha entre 40 e 60 milhões de torcedores, quase metade da população do Egito.

A equipe pode ter desfalques importantes diante do Palmeiras. Isso porque nada menos que sete jogadores foram cedidos à seleção egípcia para a Copa Africana de Nações, vencida por Senegal, nos pênaltis, neste domingo, diante do próprio Egito. O goleiro Mohamed El Shenawy e o lateral Akram Tawfik se machucaram durante a competição e não têm condição de jogo. O zagueiro Mohamed Abdelmonem, os meias Hamdi Fathi e Amr Al Sulaya, o lateral Ayman Ashra e o atacante Mohamed Sherif voltam ao Egito nesta segunda-feira e partem direto para Abu Dabi. 

A equipe é comandada pelo técnico sul-africano Pitso Mosimane, que também comandou o Al Ahly no duelo contra o Palmeiras no ano passado. O treinador mostrou confiança para o duelo diante dos brasileiros. 

"Não temos nada a perder e muito o que ganhar. Eles têm jogadores excelentes, alguns vêm do futebol europeu. Mas futebol é futebol, e ele fala no campo. O que importa é o compromisso com o jogo", disse Mosimane. 

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Do lado brasileiro, o Palmeiras rechaça pensar em uma eventual final com o Chelsea, adversário do Al Hilal na outra semifinal. Abel Ferreira pregou respeito ao Al Ahly, destacando os pontos positivos do rival desta terça-feira. 

"O Al Ahly joga de forma coletiva e muito focado no que tem fazer. Respeitamos muito nosso adversário, mas vamos procurar impor nosso jogo. É uma equipe que está habituada a ganhar. Basta olhar os títulos e sua história", afirmou o treinador português. 

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