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Alemanha faz coletivo aberto com muita música e protesto

Torcedores que foram ao treinamento da seleção, em Dortmund, vaiaram o goleiro Oliver Kahn e levaram faixas contra o técnico Jürgen Klinsmann

Por Agencia Estado
Atualização:

A Federação Alemã Futebol (DFB) aproveitou a chegada da primavera no hemisfério norte, nesta terça-feira, para preparar um coletivo aberto em que a seleção pudesse fazer as pazes com os torcedores depois da derrota para a Itália e as críticas contra o treinador Jürgen Klinsmann. A tentativa foi boa, mas não surtiu o efeito esperado. A torcida vaiou em boa parte do coletivo o goleiro Oliver Kahn, aplaudiu seu concorrente Jens Lehmann, hoje no Arsenal e que já jogou no Borussia, e exibiu faixas de protesto contra Klinsmann na véspera do amistoso "decisivo" contra os Estados Unidos. Durante vários exercícios dos dois goleiros, a torcida vibrava a cada gol tomado por Kahn e aplaudia qualquer defesa de Lehmann. Até os cruzamentos feitos pelo treinador de goleiros Andreas Köpke eram motivos de vaias e aplausos. Na Südtribune (Tribuna Sul), a mesma que receberá 11 mil camisas da DFB para a partida desta quarta, os torcedores exibiam faixas contra o treinador alemão. "Anti-Klinsmann 110%" dizia uma delas. Na mesma tribuna, várias vezes o nome de Lehmann era entoado num forte coro, além do nome de Sebastien Kehl, meia do Borussia. Apesar de uma atmosfera pesada, a DFB não desistiu do seu propósito e embalou o treino com canções internacionais para levantar o moral dos jogadores. De Eros Ramazotti a Frank Sinatra, de Anastacia a Lighthouse Family, a seleção alemã corria, chutava e marcava dentro do gramado do Westfalenstadion. Os jogadores passavam a imagem que tudo estava normal e o grupo bem unido para o desafio contra os EUA. O auxiliar-técnico Joachim Löw fazia um treino especial com a defesa enquanto Klinsmann observava os atacantes. "Eu sou otimista, acredito numa boa exibição e na vitória", dizia o supervisor da seleção Oliver Bierhoff, ao microfone, para as cerca de 20 mil pessoas que acompanhavam o treino. "Acredito que podemos repetir o jogo contra a Ucrânia e fazer uma boa exibição", completava o ex-jogador, ao lembrar da partida decisiva na repescagem das Eliminatórias para a Copa de 2002, quando a Alemanha bateu os ucranianos por 4 a 1, no mesmo Westfalenstadion, em Dortmund. Ao fim do coletivo, os jogadores chutaram bolas para a torcida, ainda como parte da operação da DFB "Ponto da Virada", e a águia Paule fazia acrobacias para alegrar as crianças que viram o coletivo especial.

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