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Alívio na família de torcedor morto

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de seis anos e meio de luta, a empresária Norma Elias dormiu tranqüila na noite de quinta para sexta-feira. Ela sentiu-se aliviada com a condenação do bancário Vanderlei Ricardo Lopes a 12 anos de prisão pelo homicídio de seu filho, o empresário Paulo Sérgio Costábile Elias. "Nossas leis são arcaicas, muitas vezes não são cumpridas, mas nossa Justiça existe." Em dezembro de 1994, Lopes foi buscar o irmão, um torcedor do Palmeiras que tinha ido ao jogo do seu time contra o Corinthians, pela decisão do Campeonato Brasileiro. Na Avenida Henrique Schaumann, envolveu-se em uma briga com um grupo de corintianos. Então, sacou uma arma e atirou. A bala atingiu Paulo Sérgio, de 31 anos, que voltava para casa após o jogo, na caçamba de uma Saveiro. Ele não tinha nada a ver com a briga. Lopes só foi encontrado dias depois do crime, graças a um apelo feito por Norma em uma rádio. Um telefonema anônimo ajudou na identificação do bancário. O júri acatou por unanimidade (sete votos a zero) a tese do promotor Marcelo Roveri de que Lopes sabia que poderia atingir alguém ao atirar em um local movimentado. "Chorei muito porque durante os depoimentos fui sabendo de alguns detalhes da morte do meu filho que até então me eram desconhecidos", contou Norma. Mas a batalha não acabou. O advogado de Lopes, José Carlos Dias, recorrerá da sentença e o novo julgamento deve ser realizado dentro de dois anos.

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