O momento ruim de Juan Carlos Osorio no Atlético Nacional pode ajudar o São Paulo a ficar mais perto de contratar o técnico colombiano. O comandante do clube de Medellin tem convivido com críticas da torcida e os repetidos adiamentos com a diretoria sobre a renovação do contrato, que termina no fim de 2017.
No clube desde 2012, o treinador tem uma relação desgastada com parte dos seguidores do time. As queixas pela falta de manutenção dos titulares aumentaram pela eliminação na Copa Libertadores. O time terminou a fase de grupos como líder da chave e foi superado nas oitavas de final pelo Emelec, do Equador.
Nos últimos meses a diretoria do Atlético Nacional tem tentado renovar o vínculo com o técnico. As investidas ainda não trouxeram resultado e nas últimas semanas as conversas pararam. O período coincidiu com a chegada de sondagens de interessados pelo treinador, como a seleção de Honduras e o Cruz Azul, do México.
O clube da América Central, aliás, é o maior concorrente do São Paulo no páreo. A diretoria mexicana ofereceu um bom dinheiro ao técnico, valores difíceis do Tricolor conseguir igualar, mas o desafio de trabalhar no Brasil pesa a favor do clube do Morumbi.
Estudioso do futebol e detalhista, Osorio tem manias inusitadas. Nos treinos e jogos, carrega uma caneta azul na perna direita e outra de tinta vermelha na perna esquerda. Os objetos ficam guardados na meia e para anotar as qualidades do time, o técnico usa a cor azul. Já para os defeitos, utiliza a cor vermelha.
O gosto por anotações supera até mesmo os tradicionais gritos. As orientações as jogadores durante as partidas são escritas e entregues em bilhetes para quem está em campo. Osorio prefere assim para não expor a tática ao adversário e manter a discrição.