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Ana Lorena Marche assume direção do futebol feminino na Federação Paulista

Dirigente fala em 'massificar' a modalidade e atrair meninas jovens através de peneiras, festivais e parcerias com escolas

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Por Redação
Atualização:

Ana Lorena Marche falou pela primeira vez nesta quarta-feira como a responsável pelo futebol feminino na Federação Paulista de Futebol (FPF). A dirigente, que já estava na entidade em como supervisora, assume o cargo de diretora após a saída de Aline Pellegrino, que irá trabalhar na CBF como coordenadora de competições da modalidade em âmbito nacional.

Ana Lorena começou a trabalhar na FPF no início de 2020. Anteriormente, ela trabalhou na Ferroviária entre 2017 e 2019, período em que o time feminino do clube de Araraquara subiu para a primeira divisão nacional, foi campeão brasileiro e vice da Libertadores no futebol feminino. Em entrevista coletiva virtual, Ana Lorena elogiou o trabalho da antecessora e elegeu como suas prioridades 'massificar' o futebol feminino e trazer mais meninas jovens para a disputa da modalidade.

Ana Lorena Marche assume direção do futebol feminino na FPF Foto: Site Oficial / Federação Paulista de Futebol

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"Estou há oito meses na casa e sempre aprendendo. É difícil citar uma só (característica positiva da Aline). Ela olha para o todo, é estratégica. Pensa fora da caixinha, na massificação; entende que o futebol feminino é um produto que tem de ser pensado de maneira diferente. Uma peneira pode não fazer muito sentido no masculino, mas, no feminino faz total sentido nesse momento em que vivemos", exemplificou.

Ana Lorena contou como pretende popularizar o esporte entre as mais jovens. "Esse ano, teríamos o (Paulista) sub-15, mas veio a pandemia. No ano que vem, se tudo melhorar e tivermos segurança, pretendemos realizar o sub-15 e aumentar os festivais das categorias menores, para que possamos atingir mais lugares no estado, e que elas (meninas) não tenham o festival em só uma ou duas datas no ano. Queremos, também, conversar com as escolas e o governo estadual. São parcerias interessantes para massificar a modalidade, ensinar as meninas a gostarem mais de futebol", projetou.

A dirigente também comentou sobre valorizar o potencial de formação de atletas de cidades do interior do estado. "Franca, São José do Rio Preto, Araraquara e Botucatu foram grandes formadoras e continuam sendo. Boa parte da base de alguns clubes é de meninas que vieram daí. Então, é olhar e valorizarmos cada vez mais. Pensarmos cada vez mais em festivais como os dos dois últimos anos em Araraquara, e levá-los a outras regiões do estado onde o futebol não é tão desenvolvido; fazer que mais cursos de capacitação cheguem nesses locais. O estado é gigantesco, com uma população enorme. Há muita coisa a ser feita", disse.

Por fim, Ana Lorena falou sobre a dificuldade do trabalho que terá. "Ainda temos de quebrar mais e mais barreiras para inserirmos mais meninas e mudarmos a percepção de marcas e dos clubes. Nem todos (os clubes) fazem uma gestão (do futebol feminino) pensando no todo. Para isso, teremos que ter muita resiliência, como Aline teve nesses quatro anos. Acho que é um dos grandes feitos dela, ter movido uma federação inteira em prol da modalidade, e não só o departamento", opinou.

Sob o comando de Aline Pellegrino, o futebol feminino teve recorde de público - 28 mil pessoas foram à Arena Corinthians assistir o segundo jogo da decisão entre Corinthians e São Paulo no estadual de 2019. Também houve um recorde de mais pessoas assistindo uma partida online - 390 mil assistiram simultaneamente ao primeiro jogo da decisão no ano passado.

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