22 de novembro de 2010 | 11h19
O futuro de Carlo Ancelotti como técnico do Chelsea foi colocado em dúvida nesta segunda-feira em meio a relatos de que ele está pensando em deixar o clube em uma disputa sobre o controle da equipe. A mídia britânica informou que Ancelotti, que veio para o Chelsea há 18 meses, do Milan, teve a sua autoridade minada em Stamford Bridge.
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O gerente italiano estaria insatisfeito por ter perdido o controle dos assuntos da equipe após a diretoria do clube tomar a decisão de demitir o assistente-técnico Ray Wilkins e substituí-lo por Michael Emenalo em iniciativa do russo Roman Abramovich, dono do Chelsea.
Após a derrota de sábado por 1 a 0 para Birmingham, a terceira do Chelsea nos últimos quatro jogos do Campeonato Inglês, Ancelotti reconheceu que está competindo a partir de uma posição muito mais fraca no clube em relação a Alex Ferguson no Manchester United. "Você não pode comparar-me com Alex Ferguson, é uma posição diferente", disse. "Ferguson tem controle total da equipe. Eu sou responsável apenas pelo comando técnico"
O italiano, que chegou a Londres em 2009, tem uma ano e meio de contrato com o Chelsea. Ancelotti ganhou o Campeonato Inglês e a Copa da Inglaterra na temporada passada em seu primeiro ano no clube. Sua equipe começou a temporada bem, com a classificação na Liga dos Campeões da Europa com duas rodadas de antecedência, além de ter se mantido na dianteira do Campeonato Inglês.
O Chelsea, porém, tem sofrido nas últimas semanas, perdendo para Liverpool, Sunderland e Birmingham, em um período de 14 dias. Eles também têm problemas de lesão, com alguns dos principais jogadores, como o zagueiro John Terry e o meio-campista Frank Lampard, afastado por lesões.
Ancelotti disse que os resultados ruins do Chelsea não têm relação com a saída de Wilkins, com quem mantinha boa relação. Outros técnicos do clube londrino sofreram com intervenções de Abramovich. José Mourinho deixou o clube em 2007, após três anos no cargo, na sequência da deterioração do seu relacionamento com o russo.
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