
23 de novembro de 2012 | 17h20
SÃO PAULO - Andrés Sanchez, diretor de seleções da CBF, deixou claro que foi "voto vencido" na reunião que decidiu a demissão de Mano Menezes após quase dois anos e meio de trabalho na seleção. No encontro, realizado na Federação Paulista de Futebol (FPF), estavam apenas Andrés, o presidente da CBF José Maria Marin e o vice Marco Polo del Nero.
Em entrevista coletiva realizada na sede da FPF, Andrés afirmou que não concordou com a demissão de Mano, por acreditar que esse não era o momento para destituir o treinador. Mas não colocou-se contra a Marin, e afirmou que, como "simples diretor", defende a hierarquia da CBF.
"Eu vinha defendendo a continuidade do trabalho, porque acredito que estava no caminho certo. Mas sei respeitar a hierarquia e entendo as razões do presidente. No ano que vem é uma nova temporada, e o presidente quer outros critérios, novas metodologias. Ele foi corajoso, ousado, e está vendo o futebol para frente. Temos que respeitar."
De acordo com Andrés, o nome do novo treinador será divulgado em janeiro, assim como será explicado que tipo de novas metodologias e critérios pretende adotar a CBF. O dirigente garantiu que não foram discutidos os nomes de substitutos para Mano Menezes nesta sexta-feira. "Vão aparecer seis, sete, oito nomes a partir de hoje. Vai ser um desses."
Andrés foi responsável por comunicar a demissão para Mano. Após a reunião com Marin e Del Nero, deixou a sede da FPF e foi encontrar o ex-técnico da seleção. Depois, retornou à Federação Paulista e atendeu os jornalistas. "Ninguém gosta de ouvir uma notícia dessas. Mas o Mano é uma pessoa muito vivida no futebol, essas coisas acontecem. Ele está preparado para trabalhar em qualquer clube ou seleção."
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