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Andrés Sanchez é o novo presidente do Corinthians

Com uma diferença de apenas 17 votos para Paulo Garcia, ex-vice de Futebol promete transparência

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Por Fábio Hecico e Martín Fernandez
Atualização:

Andrés Sanchez se notabilizou no Corinthians por ter sido um dos vices de Futebol durante 11 meses da parceria com a MSI. Disse que foi "traído", deixou o cargo e se tornou oposição a Alberto Dualib e Kia Joorabchian, ex-aliados. Com a campanha contra Dualib e a parceria, ganhou força e, nesta terça-feira, foi eleito presidente do clube, em pleito marcado pela tranqüilidade - algo pouco comum no Parque São Jorge. Veja também:  Diferença de 17 votos mostra novo cenário político corintiano  Novo presidente corintiano é industrial e tem estilo prático  Neto aprova a escolha de Sanchez como novo presidente  Ouça a primeira entrevista do novo presidente corintiano  Você aprova a eleição de Andrés Sanchez como o novo presidente do Corinthians?  Corinthians: 30 anos do fim da fila O dirigente, eufórico com a vitória, afirmou que iniciará os trabalhos nesta quarta-feira, a partir das 8 horas - à noite, às 21 horas, será a festa do triunfo, numa casa noturna na Vila Olímpia. Uma de suas primeiras metas, garantiu, é acabar com a tumultuada parceria. Outra, claro, é trabalhar para evitar o rebaixamento da equipe no Campeonato Brasileiro. Seu mandato vai até 1.º de fevereiro de 2009. Ele poderá ser reeleito uma vez. A partir de agora, o novo estatuto não permitirá mais de uma reeleição, ao contrário do que ocorreu nos tempos de Dualib, que deteve o poder durante 14 anos.     "Foi um movimento de limpeza, o Corinthians demonstrou grandeza, a democracia venceu e, agora, todos devem se juntar para o bem do clube", festejou Andrés, que tem 43 anos e é empresário do ramo de embalagens plásticas. O triunfo foi apertado. Dos 397 conselheiros, 350 fizeram valer o direito de voto. Sanchez obteve 175, Paulo Garcia somou 158 e Osmar Stábile ficou com apenas 14, além de três brancos. O vice de sua chapa é Heleno Maluf. Outros dois vices, Wilson Bento e Clodomil Orsi, seguem no cargo. Antoine Gebran deixa a função de vice de Futebol, que ficará por conta do próprio presidente. "É injusto, faltando oito jogos para o fim do Brasileiro, colocar uma pessoa no cargo e, por isso, já vou ter uma reunião com o Nelsinho amanhã [quarta-feira] para saber das necessidades do time", justificou o novo presidente. Dualib não apareceu no Parque São Jorge. Garcia e Stábile deixaram o clube com tranqüilidade, reconhecendo a vitória do adversário. Os dois asseguraram que não farão oposição a Andrés, alegando que, agora, é momento de união. Vão, até mesmo, reunir-se pela manhã com o dirigente. A situação do clube é uma das piores da história. Sofre com problemas políticos e dívidas - especula-se ser de R$ 100 milhões. No futebol, o time vai muito mal e precisa se livrar do rebaixamento para evitar prejuízos ainda maiores. O time ocupa a 17.ª colocação do Brasileiro, na zona de descenso. O novo presidente declarou apoio à atual comissão técnica e descartou mudanças. "O momento é de apoiar a todos e de torcer pelo time", declarou Andrés. "O Nelsinho sabe o que tem de fazer para tirar o time dessa situação. Quero uma equipe aguerrida, com a cara do Corinthians, respeitando a camisa."  Abraços e beijos Andrés, ao assinar o livro de posse, foi abraçado por Paulo Garcia. Em seguida, foi a vez de Antônio Roque Citadini, presidente do Cori, felicitá-lo. Apesar dos cumprimentos, Citadini, ex-vice de Futebol, mostrou-se claramente contrariado com o resultado. "Não há dúvidas de que o clube está dividido, e haverá oposição", disse. Durante a entrevista coletiva, após a eleição, o "Beijoqueiro", José Alves de Moura, apareceu para dar um beijo no novo presidente.

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