26 de novembro de 2012 | 19h07
SÃO PAULO - Uma grave crise acomete o futebol brasileiro a poucos dias do fim da temporada. Ontem, o diretor de seleções, Andrés Sanchez, expôs de maneira clara toda a sua insatisfação por não ter sido chamado para opinar sobre a decisão de demitir o técnico Mano Menezes, na semana passada, e disse que só espera uma reunião com o presidente da CBF, José Maria Marin, para formalizar seu pedido de demissão. Ela deve ocorrer no máximo até o fim da tarde desta terça-feira.
BLOG: Andrés Sanchez começa nesta segunda seu novo projeto: ser presidente da CBF
Sanchez deu como motivo para sua decisão uma suposta reunião de Marin com Luiz Felipe Scolari, que teria deixado "apalavrado", segundo o ex-presidente corintiano, a volta do técnico do penta à seleção. Sanchez reclama por não ter sido comunicado da reunião. Felipão nega qualquer contato.
"Saio triste. A demissão de Mano criou um clima de insegurança na seleção e achei que deveria ter participado dessa decisão. Fui apenas comunicado pelo Marin e pelo Del Nero [Marco Polo, presidente da Federação Paulista de Futebol].”
Para esquentar mais o ambiente, ontem, Marco Polo del Nero, o mais poderoso dos vices da CBF, teve seu nome suspeito de envolvimento com o crime de violação de segredo em investigação da operação Durkhein, deflagrada pela Polícia Federal.
O dirigente teve apreendidos em sua casa em São Paulo documentos e computadores. Também foi conduzido à sede da PF para prestar depoimento. Foi liberado em seguida e disse o caso não tem relação com o futebol nem com seu escritório de advocacia. [Leia a cobertura completa na edição de O Estado de S. Paulo desta terça-feira.]
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.