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Animado com a Rússia, Eto'o marca de novo pelo Anzhi

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Por GENNADY FYODOROV
Atualização:

Samuel Eto'o marcou seu segundo gol em duas partidas na Rússia após admitir que conhecia pouco sobre seu novo clube, o Anzhi Makhachkala, em uma transferência que quebrou recordes. Cerca 10 mil torcedores encheram o estádio do Dynamo às margens do Mar Cáspio no sábado para dar as boas-vindas ao atacante camaronês, que no domingo marcou em sua estreia em casa. O gol ajudou o Anzhi a vencer por 2 x 1 o Volga Nizhny Novgorod e elevou o time ao quarto lugar, seis pontos abaixo dos líderes Zenit São Petersburgo e CSKA Moscou. "Eu visitei a Rússia várias vezes, mas só estive em Moscou e Kazan", disse Eto'o em coletiva antes da partida, se referindo às viagens para jogar contra Spartak de Moscou e Rubin Kazan pela Liga dos Campeões com seu antigo clube, a Inter de Milão. "Esta é minha primeira vez em Makhachkala. Eu tenho que admitir que não sabia muito sobre esse lugar mas posso dizer que estou muito surpreso com o que tenho visto." O rico clube de Makhachkala, que também contratou o lateral-esquerdo brasileiro Roberto Carlos e o ex-meia do Chelsea Yuri Zhirkov, gastou no mês passado gastou cerca de 30 milhões de euros (43 milhões de dólares) na surpreendente contratação do atacante. O Anzhi, comprado pelo bilionário russo Suleiman Kerimov, contratou o camaronês por três anos por um salário de 20 milhões de euros/ano -- fazendo dele o jogador mais bem pago do mundo. Eto'o já tinha começado a retribuir uma parte do alto investimento aparecendo no jogo do Anzhi mês passado pelo Campeonato Russo e marcando o gol de empate em 1 x 1 com Rostov, fora de casa. ESTRADA EMPOEIRADA Enormes cartazes com a imagem de Eto'o saúdam os visitantes ao longo de toda a estrada empoeirada de 20 km que liga o aeroporto de Makhachkala ao centro da capital da província de Dagestan. Após vestir um terno, Eto'o falou com a imprensa. Ele disse estar determinado a cumprir seu contrato com o Anzhi e que não está com medo do duro inverno russo, campos ruins ou arenas ultrapassadas em muitas cidades do país. "Joguei com temperaturas abaixo de zero várias vezes, então estou preparado para o frio da Rússia", disse. Após o colega de clube Roberto Carlos ter sofrido ofensas racistas ao menos duas vezes em sua primeira temporada na Rússia, Eto'o foi perguntado se estava preparado para tolerar cânticos racistas dos torcedores rivais. "Racismo existe em todo o mundo, não apenas na Rússia", disse o capitão da seleção de Camarões, que uma vez tentou deixar o campo numa partida do Campeonato Espanhol jogando pelo Barcelona contra o Zaragoza. "Pode acontecer na França, na Itália ou na Espanha. Jogadores enfrentam racismo em vários países, mas toda vez que eu entro em campo tento fazer o meu melhor para aqueles que gostam do futebol." O acidente aéreo da última quarta-feira que vitimou o time de hóquei do Lokomotiv Yaroslavl e ainfraestrutura aérea ultrapassada da Rússia também não assustam Eto'o. "Quando você embarca em um avião, você põe sua vida nas mãos de Deus", ele disse. Eto'o tentou encerrar com uma frase mais feliz. "Sou um cidadão do mundo e minha tarefa é fazer as pessoas felizes", disse. Juntos esperamos fazer deste sonho realidade."

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