Publicidade

Ansiedade toma conta do São Caetano

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os jogadores do São Caetano e o técnico Jair Picerni bem que tem tentado controlar as emoções antes da partida mais importante de suas vidas, mas o fato é que o tempo não passa para a maioria do grupo, que enfrenta o Olímpia quarta-feira, no Pacaembu, na decisão da Copa Libertadores da América. "Bem que podia ser na terça-feira", desabafou o treinador após o treino desta segunda-feira, o último em Atibaia, onde a equipe esteve concentrada desde sexta. Procurando explicar como é a ansiedade antes de um momento decisivo como este jogo, o lateral Rubens Cardoso não titubeou. "É parecido com o dia do casamento. Vai chegando o momento dá aquele frio na barriga", afirmou. O atacante Somália foi mais preciso. "Acho que parece com casamento sim. Daqueles que a noiva está atrasada e nunca chega", disse. A dupla, no entanto, garante: tudo passa no momento em que a equipe entra em campo para a partida. O meia Robert achou a comparação um pouco exagerada, mas também não vê a hora do jogo começar. "Não diria que dá para comparar com o casamento, mas sem dúvida é semelhante ao primeiro clássico", comparou. "Da primeira vez, não dormi, mas depois da quinta ou sexta final fiquei mais escolado e não chego a perder o sono. Mas a ansiedade existe." Segundo Robert, o fato de ficar concentrado acentua o problema. "Em casa, a gente está com a família e pensa em outras coisas, aqui fica mais difícil. Por exemplo, a gente tenta ligar a TV para distrair, mas sempre acaba vendo alguma coisa sobre o São Caetano." Até mesmo Picerni admite que não gosta de um período de concentração tão longo. "Mas não tinha jeito, porque, no momento, o gramado do Anacleto Campanella, recém-plantado, não agüenta dois dias seguidos de treino." Nesta terça-feira, o grupo faz o último treino antes da partida, no Centro de Treinamento de São Paulo. Enquanto o jogo não chega, cada um faz o que pode para driblar a ansiedade. Robert, como vários jogadores do São Caetano, gosta de ler livros. Somália encontrou um meio criativo de descontrair: com uma pequena câmera de vídeo grava tudo o que acontece, depois confere o resultado na TV. "Gosto muito de gravar bons momentos com meus amigos e depois rever tudo."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.