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Antes do jogo, tudo calmo no Morumbi

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Por Agencia Estado
Atualização:

No caminho para o Morumbi não havia trânsito. Essa foi só a primeira impressão estranha do clássico remarcado São Paulo x Corinthians, disputado nesta segunda-feira à noite. Faltavam 40 minutos para o jogo começar e a entrada principal do estádio estava praticamente vazia. O que mais tinha eram policiais: 510 agentes foram destacados pela PM para manter a segurança do local. Próximo ao Morumbi, a PM prendeu quatro pessoas que estariam tentando vender um facão aos torcedores. Fato isolado logo coibido, para o bem do futebol paulista, que viu há uma semana três torcedores serem mortos: um corintiano, um palmeirense e um ponte-pretano. Os grupos de torcedores que se aproximavam das entradas eram acompanhados de perto pelos policiais, quando não revistados. O carro da Agência Estado presenciou três blitzes, nas quais, no total, cerca de 100 pessoas foram abordadas e colocadas contra um muro próximo. Um rapaz com a camisa da Gaviões da Fiel teve de entregar a um policial um pedaço de pau que carregava. De fora do estádio, vislumbrava-se o fracasso de público, mesmo em jogo de portões abertos. Dentro dele, a história não era diferente. ?Nem parece dia de clássico?, comentou Aline Dias Ribeiro, de 14 anos, que é ?são-paulina doente?. ?Daqui a pouco chega todo mundo, você vai ver?, profetizou a amiga Cirlene Seixas, 19 anos. Dito e feito: às 20h30, horário do início da partida, o Morumbi não estava lotado, mas dizer que estava vazio seria exagero. ?Para uma segunda-feira de chuva, o número de gente ?tá ótima?, disse o corintiano Alberto Anisio, de 32 anos. Alberto levou os dois filhos para o estádio: um garoto de 9, Renato, e uma menina de 4 anos, Silvia. ?Só trouxe eles porque sabia que teria pouca gente?, explicou. O clássico já estava sendo disputado e os policiais, em turmas de cinco, seis, conversavam entre eles. Alguns aproveitaram a calma e foram para as arquibancadas assistir à partida. ?Normalmente a gente não pode desgrudar o olho da torcida, mas hoje está tranquilo, vou tentar ver o jogo inteiro?, afirmou o policial Pereira. ?Põe ai só Pereira, que não dá BO (boletim de ocorrência, problema) para mim, só que hoje tem uns 10 com esse sobrenome.?

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