O governador do Estado de Trujillo é um dos grandes responsáveis por levar o time da capital à disputa da terceira Copa Libertadores da sua história. Se não fosse a ativa participação e investimento de Henry Rangel Silva, antigo aliado do ex-presidente Hugo Chávez, o time não teria a honra de enfrentar nesta quarta-feira o São Paulo.
Silva nasceu em uma cidade próxima à capital, Valera, e fez carreira no exército, onde chegou ao cargo de general. Em 1992, uniu-se a Chávez na tentativa fracassada de golpe contra o então presidente Carlos Andrés Pérez.
A amizade da dupla continuou e quando Chávez chegou ao comando da Venezuela, em 2002, confiou a Silva cargos importantes. O general chefiou o departamento de inteligência do país, a principal empresa de telecomunicações, o comando operacional das Forças Armados e por fim, tornou-se Ministro da Defesa.
Em dezembro de 2012, Silva assumiu o governo de Trujillo e um mês depois de chegar ao cargo, anunciou a troca na presidência do clube. O indicado foi Reinaldo Berardinelli, outro general do exército. O governo estadual é o principal investidor do time de futebol. Desde a fundação, em 1981, a equipe recebe dinheiro público, repasse intensificado a partir de 2008, quando o Trujillanos foi rebaixado à segunda divisão.
O retorno à elite, acompanhado pela presença de Silva no cargo, fez o clube garantir vaga na Libertadores como vice-campeão venezuelano. O governador é fanático por futebol e frequentador assíduo do cotidiano do elenco. O político vai aos jogos e costuma visitar os treinos para conversar com o elenco.
Silva também ajudou a bancar a última reforma do estádio local, o Jose Alberto Perez, conhecido como o “"Cemitério dos Grandes". A presença do São Paulo anima a torcida a ajudar o time a honrar o apelido do estádio e quem sabe, conseguir um resultado para fazer o governador se orgulhar.