
25 de março de 2016 | 23h42
O holandês Johan Cruyff, um dos mais expressivos jogadores de futebol da história e que morreu quinta-feira aos 68 anos, vítima de um câncer no pulmão, recebeu homenagens em todo o mundo. Na principal delas, na cidade onde nasceu e no estádio do Ajax, clube que o revelou, Holanda e França se enfrentaram em um clima que mesclava tristeza, pela perda do ídolo, e admiração pelo o que o ‘pai do futebol moderno’ representa.
Cruyff foi lembrado em bandeiras, cartazes e flores por todo o estádio. Uma grande bandeira com o retrato do ídolo com a tradicional camisa laranja da seleção holandesa foi aberta atrás de um dos gols.
Barça abrirá espaço para homenagens a Cruyff
Antes da partida começar, um minuto de silêncio foi respeitado em homenagem as vítimas dos atentados terroristas perpetrados pelo Exército Islâmico em Bruxelas, na Bélgica, na terça-feira. Aos 14 minutos do primeiro tempo, quando os franceses já venciam o jogo por 2 a 0, o árbitro interrompeu o duelo para o minuto de silêncio – durante sua carreira, Cruyff sempre usou a camisa de número 14 nos poucos clubes em que jogou – Ajax , Barcelona, Los Angeles Aztecs, Washington Diplomats, Levante e Feynoord.
A cadeira cativa do ex-jogador no estádio do Ajax estava ocupada por muitas flores. Alguns ex-craques de várias gerações da ‘Laranja Mecânica’ estavam no estádio, entre eles contemporâneos de Cruyff e outros que sob o comando do mesmo Rinus Michels, treinador de Cruyff no Ajax e na Holanda na Copa de 1974, conquistaram a Eurocopa de 1988, como Van Basten e Rudd Gullit.
Dentro de campo, a Holanda começou o jogo tentando ocupar o campo de ataque, mas a reação francesa foi rápida. Logo aos 5 minutos, Griezmann cobrou falta no canto de Cillesen, que falhou e não evitou o gol.
Ainda antes da homenagem para Cruyff, os franceses marcaram o segundo gol. Aos 12 minutos, escanteio cobrado, a defesa holandesa tentou afastar o perigo, mas Matuidi escorou de cabeça e a bola sobrou para Giroud ampliar.
No segundo tempo, aos 2 minutos, Memphis Depay cruzou e Luuk de Jong tentou cabecear. A bola desviou em seu braço direito e foi para a rede. Aos 40 minutos, a Holanda empatou Memphis Depay cobrou escanteio rasteiro e, na entrada da área, Afellay bateu cruzado, sem chances para Mandanda – ele comemorou fazendo o número 14 com as mãos.
Mas pouco tempo depois, o francês Payet roubou a bola da defesa da Holanda, tocou para Martial que encontrou Matuidi na área. Ele bateu cruzado e Cillessen não evitou o gol – Matuidi é o número 14 da França.
BARCELONA
A morte de Cruyff alterou a rotina do Barcelona. Como forma de homenagear o craque, o clube catalão decidiu abrir um espaço no Camp Nou para os torcedores se despedirem do ídolo da equipe.
O presidente da região da Catalunha, Carles Puigdemont, já confirmou presença na abertura do memorial. O Barcelona também declarou luto oficial até o dia 2 de abril. O corpo do ex-jogador holandês foi cremado na cidade.
Quem se manifestou nesta sexta-feira foi Pep Guardiola, técnico do Bayern de Munique, que foi treinado pelo holandês no Barcelona na década de 1990. “Não sabia nada sobre futebol até que conhecer o Cruyff. Com sua morte, já não podemos mais tê-lo por perto. Mas seu legado é algo que não acabará. Foi um privilégio poder aproveitar sua generosidade em compartilhar conhecimento. Ele nos deu a gramática para entender o jogo e foi um revolucionário.”
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