Aos 37, Rincón está de volta e quer jogar

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Por Agencia Estado
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A experiência como empresário do ramo imobiliário nos Estados Unidos e no Panamá foi tão importante quanto lucrativa. Freddy Euzébio Rincón Valença ganhou um bom dinheiro comprando e vendendo imóveis. Expandiu seu negócio rapidamente e poderia até continuar vivendo em Miami, se quisesse. Só não conseguiu ficar longe do futebol. Por isso, aos 37 anos, decidiu voltar ao Brasil, numa tentativa de retomar a carreira de jogador. "Como se diz por aí, estou na estrada outra vez", avisa o colombiano, que no Brasil vestiu a camisa de Palmeiras, Corinthians, Santos e Cruzeiro. Nesses nove meses vivendo nos Estados Unidos, Rincón não ficou totalmente afastado do futebol. Ao lado de outros colombianos famosos, como Valderrama e Peréia, fez vários jogos pelo Miami Day, uma faculdade da Flórida. Óbvio que o peso também mudou. Rincón ganhou oito quilos desde a sua saída do Cruzeiro, seu último clube no Brasil, em 2002. Ficou bem mais forte. Os braços e os ombros com a musculatura definida lembram os de um pugilista meio-pesado muito bem treinado. Os oito quilos a mais são de "massa (muscular) magra", segundo definição do próprio Rincón. Trazê-lo de volta ao futebol não deverá ser difícil. Rincón entende que o momento certo para algum clube contratá-lo é agora. Ele acha que entraria em forma em duas ou três semanas, fazendo apenas uma pré-temporada. Sabendo que o futebol brasileiro passa por grande crise financeira e que os salários pagos hoje em dia não são os mesmos de sua época de Corinthians, de 1997 a 2000, está disposto a negociar dentro dos padrões atuais, mas faz uma ressalva. "O mercado está complicado, sei disso. Só não vou dar o meu trabalho de graça. E também não vou sair por aí me oferecendo." Nesses quase 12 meses longe do futebol, Rincón fez absoluta questão de ficar com a boca fechada. Por diversas vezes o JT tentou conseguir uma entrevista, mas ele não aceitou falar com ninguém do Brasil. A razão foi explicada na tarde de quarta-feira, num escritório de advocacia na praça Padre Péricles. "No fundo, sempre soube que iria voltar. Mas não estava totalmente certo disso. Tinha medo de ser mal interpretado. Estava amargurado, na época. Preferi ficar um pouco no anonimato", explica. Na verdade, Rincón nunca considerou encerrada a carreira de jogador. Os nove meses em Miami foram uma espécie de "tempo" para repensar o futuro. Agora, sem procurador, ele mesmo quer negociar a sua volta. "Nunca falei que iria parar de jogar. Não fui para os Estados Unidos para não mais voltar. Fui para repensar a minha vida. E conclui que dá para voltar a jogar, tranqüilamente. E com qualidade."

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