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Aos 47 anos, Zé Roberto assina com time do Piauí e vai disputar Mundial de Futebol 7

Aposentado desde 2017, veterano fechou contrato com Resenha FC e vai atuar ao lado de Léo Moura

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Por Redação
Atualização:

O incansável Zé Roberto voltará aos gramados aos 47 anos. Aposentado desde 2017, quando fez sua última partida ofical pelo Palmeiras, o ex-jogador assinou contrato com o Resenha FC, time de Futebol 7 do Piauí. Ele foi contratado para disputar o Mundial de clubes da modalidade, que será realizado entre os dias 21 e 23 de novembro, no Rio Janeiro. 

"Como eu sou um cara que sempre fui movido por desafios, vai ser mais um na minha vida. Vou poder levar um pouco da minha experiência e claro, que vou aprender bastante também", afirmou Zé Roberto. "Vejo que o Fut7 lembra bastante o futsal, que foi a minha base. Ter uma nova experiência dentro do futebol, jogando o Futebol 7, para mim, vai ser um desafio para o qual estou muito motivado", complementou. 

Zé Roberto vai disputar Mundial de clubes de Futebol 7 Foto: Alan Morci/Divulgação V2mm

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O Resenha FC conta com outros nomes conhecidos em seu plantel. Além de Zé Roberto, o time piauiense também trouxe o ex-lateral direito Leo Moura e Vassoura, eleito melhor jogador do mundo de Fut7 em 2018. Grêmio, Flamengo e São Bernardo também participarão do torneio. 

Zé Roberto se apresenta ao Resenha FC no dia 20 de novembro. Ele tem mantido a forma desde que se aposentou há quatro anos e impressiona pela boa condição física. Seus treinos são registrados com frequência em suas redes sociais.

"Estou confiante que vou chegar preparado. Parei de jogar, mas nunca fiquei aposentado das atividades físicas, como todos que me seguem podem ver em minhas redes sociais", disse o ex-meio-campista. "Claro que para voltar a jogar uma competição tão importante, como o Mundial de Clubes Fut7, eu tenho que mudar um pouco o estímulo de treino. O clube que vou jogar tem jogadores experientes,como o Vassoura e Léo Moura. Tenho certeza que eles vão me ajudar bastante também nessa adaptação e na busca por esse título inédito".

Zé Roberto atuou com destaque na Europa por Hamburgo, Real Madrid, Bayer Leverkusen e Bayern de Munique. No Brasil, foi revelado pela Portuguesa e teve passagens por Santos, Flamengo, Grêmio e Palmeiras, este que foi seu último clube antes de pendurar as chuteiras. O ex-atleta ostenta títulos da Liga dos Campeões, Campeonato Espanhol, Alemão, Brasileiro e da Copa do Brasil, entre outros.

Meia de qualidade e que também jogou na lateral esquerda durante a longeva carreira de 23 anos, Zé Roberto disputou as Copas do Mundo de 1998, na França, e de 2006, na Alemanha pela seleção brasileira. Ganhou dois troféus da Copa América e outros dois da Copa das Confederações. Fez parte da seleção do Mundial de 2006.

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Aos 47 anos, Zé Roberto pode dizer que teve uma carreira extremamente vencedora. A trajetória de sucesso que construiu na Alemanha, seleção brasileira e Palmeiras só não é mais lembrada do que a forma física privilegiada. Porém, quando se transferiu para a Europa em 1997, a situação era diferente. Na única temporada que passou no Real Madrid, ele percebeu que deveria cuidar melhor de seu corpo. "Joguei em um dos maiores clubes do mundo com jogadores que já tinham essa mentalidade, e isso me despertou em todos os sentidos. Porque quando eu saí do Brasil, saí um jogador de futebol e quando eu cheguei lá, me transformei em um atleta", explicou.

Depois de entender que o corpo era seu instrumento de trabalho, Zé Roberto viu que alguns companheiros de Real Madrid eram exemplos claros de profissionalismo. “Minha cabeça era comer McDonald’s, tomar Coca-Cola, churrasco quase todos os dias. Quando eu chego lá, eu vejo que o cardápio no CT era totalmente diferente. Eu via o Fernando Hierro, com 30 e poucos anos, voando nos treinos, nos jogos. Eu olhava para o Fernando Redondo, titular da seleção argentina. Eu preciso ter essas referências, eu preciso mudar minha mente se eu quiser performar”, relembrou o ex-jogador.

Atualmente mentor de alta performance, ele deu seu ponto de vista em relação às diferenças entre a preparação no Brasil e na Europa, pelo menos na época em que jogava. Enquanto, por aqui, os companheiros preferiam usar as férias para beber e ‘ficar na curtição’, o preparador do Bayern de Munique, clube no qual atuou por seis anos, já passava um plano de treinamento antes mesmo da pré-temporada.

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