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Apesar do embalo das vuvuzelas, África empata com o México na abertura da Copa

Anfitriões saíram na frente com Tshabalala, mas cederam o empate por 1 a 1, no Soccer City

Por Andre Avelar
Atualização:

Kai Pfaffenbach/Reuters

SÃO PAULO - Acabou a espera. A bola começou a rolar na Copa do Mundo. E a anfitriã África do Sul cedeu o empate ao México, nesta sexta-feira, 11, no jogo inaugural, válido pelo Grupo A. Tshabalala fez o primeiro gol da competição, mas Rafael Marquez garantiu o 1 a 1, no Soccer City, em Johanesburgo.

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Ainda abalado pela trágica morte de uma das suas bisnetas, Nelson Mandela não compareceu ao estádio. Aos 91 anos e com a saúde frágil, a presença do eterno líder já era posta em dúvida. Os torcedores locais sentiram falta daquele calor demonstrado, por exemplo, no Mundial de rúgbi de 1995, sediado no País e que terminou com a hollywoodiana vitória da seleção local.

 

Os torcedores deram os pêsames em forma de vuvuzela. Foi um momento de grande euforia, regido pelo barulho ensurdecedor. "O espírito de Mandela está no Soccer City", disse o presidente da Fifa Joseph Blatter. "Foi uma infelicidade o que aconteceu na família de Madiba", completou o presidente Jacob Zuma.

 

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Recordista de participações em Copas - dirigiu Kuwait (1982), Emirados Árabes (1990), Brasil (1994 e 2006), Arábia Saudita (1998) e África do Sul (2010) -, Carlos Alberto Parreira não tem nas mãos o time mais técnico dos Mundiais. Tenta compensar com o slogan "faça-nos orgulhosos". Além da vontade, foi cauteloso ao escalar apenas o atacante Mphela.

 

Em campo. Quando conseguiu controlar os ânimos, os anfitriões jogaram ao estilo do seu técnico. Com a bola no chão, a equipe abusou do toque de bola, que nem sempre terminava com uma finalização de perigo.

 

Mas quem chegou primeiro foi mesmo o México. Giovani dos Santos arrancou pelo meio, arriscou o chute e a bola passou rente à trave. Em uma segunda oportunidade, Franco saiu na cara do goleiro e errou o chute. O time chegou a marcar com Vela. O árbitro assinalou impedimento.

 

A coisa começou a mudar de figura em uma enfiada de bola para Tshabalala, o jogador mais perigoso da equipe até o momento. Aos 9 minutos da etapa complementar, o meia-atacante chutou cruzado, sem chance de defesa para o goleiro Pérez, para explodir em alegria o Soccer City. Foi o primeiro gol de fato do estádio, que conviveu com greves e atrasos até meses antes da abertura.

 

Pressão. Difícil foi conter a empolgação do time da casa depois do gol. Modise chegou a perder um gol cara a cara com o goleiro. Os sul-africanos chegaram a reclamar de um pênalti não marcado.

 

Com tanto ímpeto para ir ao ataque, o time que participa apenas da sua terceira Copa do Mundo esqueceu do setor defensivo. Em uma falha de marcação, o zagueiro Rafael Marquez recebeu sozinho na grande área e chutou firme para empatar a partida. Momentaneamente, até as vuvuzelas pararam de tocar.

 

Nos minutos finais, para desespero dos torcedores presentes no estádio, Mphela acertou a trave. Bastou lamentar o que seria a primeira vitória de Parreira em Copa, sem contar os triunfos com a seleção brasileira.

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