Após 7 meses sob intervenção da Fifa, Associação Uruguaia elege novo presidente

Economista Ignacio Alonso foi o escolhido para o posto de Wilmar Valdez

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Por Redação
Atualização:

O congresso da Associação Uruguaia de Futebol (AUF) elegeu na noite de quinta-feira o novo presidente da entidade. O economista Ignacio Alonso foi o escolhido para o cargo e colocou fim à intervenção da Fifa no comando da modalidade no país, que já durava sete meses.

A votação marcou a estreia de um novo estatuto da AUF, que deu votos a todos os níveis do futebol nacional, não mais apenas aos clubes profissionais. Também participaram da eleição de Alonso jogadores, árbitros, treinadores, o futsal, o futebol feminino e o amador.

Ignacio Alonso (esquerda), presidente da Associação Uruguaia de Futebol, e Pedro Bordaberry, presidente do Comitê de Regularização da Associação Uruguaia de Futebol Foto: Santiago Carbone/EFE

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Alonso trabalhou durante o mandato de Wilmar Valdez na AUF, entre 2014 e 2018. Ele venceu seu adversário, Oscar Curutchet, por 40 votos a 34. "Estou muito emocionado. A partir de agora, vamos construir. Acabou-se o período eleitoral, começou o período de construção", declarou o vencedor.

Curutchet tinha o apoio dos votos dos clubes ligados à Tenfield, dona dos direitos de transmissão do futebol local, mas Alonso contava com os votos dos maiores times do país, Nacional e Peñarol.

A reforma no estatuto da AUF determinou que a entidade fosse administrada por um congresso de 76 votos: 32 para os clubes profissionais da primeira divisão, 14 para os da segunda divisão, 11 para os jogadores, nove para os clubes amadores do interior do país, seis para os clubes amadores da capital, um para o futsal, um para o futebol feminino, um para treinadores e um para os árbitros.

Esta mudança foi imposta com a intervenção da Fifa, iniciada em agosto do ano passado. A entidade assumiu o controle da AUF por meio de um comitê de regularização. A medida foi tomada para conter uma crise institucional, que começou após a renúncia do presidente da entidade uruguaia, Wilmar Valdez, um mês antes.

A saída de Valdez teria sido motivada pela existência de áudios que supostamente envolviam o nome do mandatário em um processo fraudulento licitatório para compra de câmeras de identificação para o estádio Centenário. A Fifa, então, passou a gerir a associação, processo no qual revisou seus estatutos.

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