Após boa estreia na Copa, Coutinho evita protagonismo: 'Nosso forte é o coletivo'

Meia rechaça status de estrela e prefere dividir funções e holofotes com todo o elenco do Brasil

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Foto do author Marcio Dolzan
Por Ciro Campos , Marcio Dolzan , Leandro Silveira , enviados especiais e Sochi
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Destaque da seleção brasileira na estreia na Copa do Mundo ao marcar um golaço no empate por 1 a 1 com a Suíça, domingo, em Rostov, Philippe Coutinho é também uma das referências do Barcelona, mas, fora de campo, adota um discurso bem diferente ao exibido dentro dos gramados. O meia-atacante pode até ter mais responsabilidades caso Neymar não se recupere bem das dores no tornozelo direito para o compromisso com a Costa Rica, sexta-feira, em São Petersburgo, pela segunda rodada do Grupo E da competição, mas prefere mesmo valorizar o conjunto do time dirigido por Tite.

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"Na seleção, a gente tem um grupo de grandes jogadores, de muita qualidade. E cada um tem sua responsabilidade e todo mundo quer fazer bem. Cada um fazendo a sua parte, a equipe cresce, aí um vira protagonista numa partida, depois é outro", afirmou Philippe Coutinho em entrevista coletiva após o treinamento desta terça-feira em Sochi.

Philippe Coutinho,Gabriel Jesus e Willian durante treino da seleção brasileira em Sochi. Foto: Wilton Junior/Estadão

O próprio Philippe Coutinho admitiu que tenta fugir de qualquer protagonismo longe dos gramados ao afirmar que sente "muito melhor" dentro de campo do que conversando com a imprensa, mas os números e seu talento não permitem que o seu brilho seja apagado, como o desempenho recente no Barcelona, com dez gols marcados nos 22 jogos que disputou pelo clube na segunda metade da temporada 2017/2018.

"Foram seis meses muito bons, cheguei a um clube onde sempre sonhei estar, jogando ao lado de grande craques. Teve um período de adaptação no início e pouco a pouco fui me acostumando. Tenho muito a evoluir, mas foi uma temporada boa pra mim", avaliou Philippe Coutinho, descartando, porém, se colocar no mesmo rol dos principais jogadores do futebol mundial.

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"Sempre falei que não gosto de falar de mim. Não é uma coisa que tenho na cabeça, o que tenho na cabeça é me preparar, aprender, evoluir, e dentro da competição fazer o meu melhor para ajudar o Brasil a chegar ao seu objetivo de ser campeão", acrescentou o jogador do Barcelona.

No treino desta terça, que teve apenas os 20 minutos iniciais acompanhados pela imprensa, as atenções se voltaram para Neymar, que deixou o trabalho logo no começo, incomodado com dores no tornozelo do pé direito, provocadas por pancadas recebidas no duelo com a Suíça. O problema foi minimizado pela CBF e pelo próprio Philippe Coutinho. Mas ele reconheceu que o atacante do Paris Saint-Germain é fundamental para a seleção. "Neymar é um dos maiores jogadores do mundo. Jogar com ele no nosso time é um grande 'plus', importantíssimo para nossa equipe", disse.

Porém, Philippe Coutinho assegurou que a coletividade da seleção poderá fazer a diferença nos momentos em que a equipe não contar com Neymar. "Neymar é muito visado, ele recebe muitas faltas, muitas pancadas. Claro que nosso forte é o coletivo, ainda que em uma partida ou outra um jogador vai se destacar", concluiu.

A seleção volta aos treinos na tarde de quarta-feira. A atividade será fechada, pois logo no início da noite a equipe viaja para São Petersburgo, local do compromisso de sexta-feira.

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