FORTALEZA - Símbolo da seleção espanhola, o goleiro Iker Casillas passou por uma temporada atípica, desfalcando o Real Madrid por causa de lesões e até por opção do técnico José Mourinho, que o colocou na reserva. Agora, o capitão da Espanha vê na Copa das Confederações a possibilidade de mostrar que ainda está no auge da carreira e sabe que a equipe precisa conquistar a taça no Brasil.
"Damos grande importância a esse título, pois se a Espanha não chegar à final, os críticos dirão que não somos os mesmos de antes. Se ganharmos, será apenas o habitual. É uma pressão que nós mesmos criamos nestes últimos anos, mas sabemos que temos de seguir aproveitando", conta o goleiro, que deu entrevista para o site da Fifa.
Casillas ficou cinco meses longe dos gramados e chegou a questionar suas próprias condições. Um momento muito ruim foi quando, mesmo recuperado da fratura na mão, Mourinho preferiu deixá-lo na reserva no Real Madrid. O jogador sabia que poderia perder espaço na seleção em um ano importante para a Espanha e, em alguns momentos, ficou desesperado.
"Chorei, sofri, passei mal, dormi pouco e mal. Após cinco meses, leva um tempo até que as coisas voltem a se ajeitar na nossa cabeça. Felizmente, tudo evoluiu de forma fenomenal. Acho que estou melhor do que antes", diz.
O técnico Vicente Del Bosque, da seleção, aproveitou a primeira fase da Copa das Confederações para colocar em campo seus três goleiros. Contra o Uruguai, Casillas foi o titular. Diante do Taiti foi a vez de Reina. Por último, no confronto com a Nigéria, Valdés ganhou a chance no gol espanhol.
A expectativa é no retorno de Casillas ao time titular, mas o comandante espanhol faz mistério. "Não posso responder uma pergunta sobre a qual não quero falar", comenta Del Bosque, alimentando mais o clima de rivalidade para a partida de hoje contra a Itália.