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Após goleada em jogo na cadeia, Ronaldinho Gaúcho terá semana decisiva

Celulares do ex-jogador e do irmão e empresário, Assis, passarão por perícia na próxima terça-feira

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Foto do author Raphael Ramos
Por Raphael Ramos
Atualização:

A próxima terça-feira pode ser decisiva para Ronaldinho Gaúcho e seu irmão. É a data que o juiz Gustavo Amarilla marcou para a perícia nos telefones celulares dos brasileiros. O conteúdo dos aparelhos é considerado peça-chave na investigação que apura possível ligação deles com uma quadrilha especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro

Por isso, mesmo que os advogados apresentem novo recurso à Justiça pedindo a soltura de ambos, pelo menos até terça-feira Ronaldinho Gaúcho e o irmão continuarão detidos.

Ronaldinho Gaúcho é preso no Paraguai Foto: Jorge Saenz/AP

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Os dois estão desde o último dia 6 na Agrupación Especializada da Polícia Nacional do Paraguai, presídio de segurança máxima localizado em Assunção e não têm previsão de quando poderão ganhar liberdade. Os brasileiros foram colocados em uma ala com políticos e policiais acusados de corrupção. Os presos considerados mais perigosos estão em outro setor do presídio.

De acordo com a ABC TV, do Paraguai, na última sexta-feira Ronaldinho disputou um jogo de futebol ao lado de Fernando Gonzalez Karjallo, ex-dirigente do Sportivo Luqueño preso por lavagem de dinheiro. A equipe de Ronaldinho venceu por 11 a 2, com cinco gols e seis assistências do brasileiro. Depois da partida, Ronaldinho, sorridente, posou para fotos ao lado dos outros detentos.

Mesmo que o ex-jogador e o irmão consigam se livrar da acusação de fazerem parte de uma organização criminosa, o uso de passaportes falsos já seria suficiente para mantê-los encarcerados no entendimento de especialistas em Direito Penal Internacional ouvidos pelo Estado.

Na última sexta-feira, policiais e promotores do Ministério Público fizeram uma operação de busca e apreensão na casa de Dalia López e em uma empresa da qual ela é acionista. A empresária é apontada como responsável por levar Ronaldinho ao Paraguai e comandar o esquema de falsificação de documentos. Até agora, o MP já indiciou 16 pessoas, das quais 15 estão presas.

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