O juiz de futebol italiano Massimo de Santis prestou depoimento nesta segunda-feira a promotores que investigam o escândalo de manipulação de resultados que abalou o país nas últimas semanas. De Santis, que tinha sua presença confirmada na Copa do Mundo e foi retirado do quadro de juízes quando o escândalo veio à tona, pediu durante seu depoimento para que a investigação fosse transferida de Nápoles para Roma, de acordo com o seu advogado de defesa, Constantino Cambi. O juiz nega ter aceitado pressões para facilitar a vitória de determinados clubes. Promotores em Roma, Parma, Turim e Nápoles estão investigando as alegações de venda de partidas, apostas ilegais, manipulação de resultados e falsa documentação de transações. Ao todo, 41 pessoas estão sendo requisitadas para depoimentos. O escândalo tem como centro o clube Juventus e seu antigo mandatário, Luciano Moggi. Ele e toda a diretoria da equipe pediram demissão, e o time corre o risco de ser rebaixado apenas algumas semanas após ganhar o seu 29º título da Série A. Lazio, Milan e Fiorentina também são acusados de envolvimento no esquema, assim como o técnico da seleção italiana, Marcelo Lippi. Palpite real Nesta segunda-feira, até Pelé entrou no assunto e comentou a respeito do escândalo na Itália e de sua repercussão no país. Ele afirmou que espera da Justiça um "castigo adequado a todos os culpados". Pelé ainda comentou a respeito de Adriano, atacante da seleção brasileira e da Inter de Milão, que quer continuar em sua equipe durante a próxima temporada. "Adriano deve estar feliz com a equipe onde joga. Não imagino como deve ser jogar pela Inter, mas nesta equipe tem se mostrado muito competente. Acredito que ele continuará por um bom tempo no time".