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Argentina começará a Copa com Messi no banco

Atacante do Barcelona ainda sente dores musculares e deve ser poupado pelo técnico Pekerman

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Por Agencia Estado
Atualização:

Se ainda é possível falar em surpresas no futebol globalizado de hoje, a Argentina começa sua participação no Mundial, dia 10, contra a Costa do Marfim, em Hamburgo, com uma arma secreta conhecida por todos, no banco de reservas. É Lionel Messi, que completa 19 anos dia 24 de junho, apenas três dias depois de a Argentina haver cumprido seu terceiro jogo no Mundial. E depende muito de Messi a possibilidade de a Argentina ir além do quarto jogo. Ele ainda sente dores musculares por conta de uma contusão no jogo do Barcelona contra o Chelsea, dia 7 de março, pela Liga dos Campeões. O novo ídolo argentino deve entrar sempre nos 30 ou 35 minutos finais da partida e aproveitar-se do cansaço das defesas adversárias. A alternativa o agrada. Ele, que iniciou os treinamentos dizendo estar com 50% de sua capacidade física, hoje já fala em 80%, mas tem dito mais coisas. ?É um sonho estar na Copa, alguma coisa que nem parece real, mas eu não quero pressão sobre mim. Argentina tem uma série de grandes jogadores, não sou o principal?, afirmou à Sport Bild, revista alemã. A pressão exagerada sobre um jogador jovem, aliada às dores da contusão, fazem com que Jose Pekerman, o treinador, tenha cautela na escalação de Messi, adorado na Argentina desde seu aparecimento para o futebol mundial no Barcelona no último ano, complementada com a condução da Argentina ao título mundial sub-20 na Holanda, em 2005. ?É fantástico o modo como Messi joga futebol. E há uma ansiedade muito grande de todos para que ele jogue. Eu preciso cuidar dessa ansiedade e estou muito tranqüilo. Hoje, é melhor que ele não comece jogando?, diz Pekerman. O treinador argentino é muito diferente de antecessores cheios de carisma, como Menotti, Billardo, Basile, Passarella e Bielsa. Pefil baixo: ?Subterrâneo?, dizem os argentinos. Mas, apesar do estilo, não tem medo de substituições. Em 1997, na final do Mundial sub-20, na Malásia, colocou Pablo Aimar, que fazia uma dupla de sonhos com Riquelme, no banco de reservas na final contra o Uruguai. Venceu por 2 a 1. A audácia de Pekerman e o perfeito conhecimento que tem dos jogadores - dirigiu 14 deles em Campeonatos Mundias sub-20, faz com que muita gente ainda sonhe com a entrada de Messi desde o início. ?Que ele vai jogar contra Costa do Marfim é certeza, só resta saber se será no início da partida. O que está faltando é um pouquinho de condição física, mas ainda é possível que Pekerman o escale?, diz o repórter Júlio Chiappetta, de El Clarín. A possibilidade de Messi começar no banco é grande. Tão grande como a que termine - se a Argentina for longe - como titular. Uma idéia fortalecida pela constância com que Pekerman mexe no time. Na Copa das Confederações do ano passado, ele escalou cinco times diferentes em cinco partidas que o time disputou. E só foi mal ma final, quando levou um baile e perdeu por 4 a 1 do Brasil. O fato de Lionel Messi nunca haver defendido profissionalmente um clube argentino faz com que ele caminhe para ser uma unanimidade. Revelado pelo Newell´s Old Boys, de Rosário, era muito pequeno - ainda hoje tem 1,69m e 67 quilos - e necessitava um trabalho de fortalecimento muscular. O Newell´s não quis pagar. Outras equipes, consultadas, também não. Ninguém lhe pagou 900 pesos mensais e seu pai emigrou para a Espanha, acreditando na promessa do Barcelona. Hoje, é apontado por Ronaldinho Gaúcho como um dos seus futuros sucessores como melhor do mundo. Se a história que está escrevendo no futebol ganhar um capítulo especial no Mundial da Alemanha, é certeza que a Argentina terá uma grande participação na Copa. Algo que não acontece desde 1990, o que justifica tanta pressão e ansiedade por um novo ídolo. Linoel Messi.

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