A queda-de-braço entre jogadores e dirigentes na Argentina ainda não terminou. Os atletas mantêm a disposição de entrar em greve, a partir de amanhã, como protesto por dívidas trabalhistas, enquanto cartolas garantem que o acordo está perto de ser fechado. A decisão do impasse deve surgir nas próximas horas. Os jogadores decidiram, na segunda-feira, parar atividades porque há muito tempo reclamam de calotes dos clubes. A estimativa do sindicato da categoria é de que há US$ 100 milhões em salários e prêmios atrasados para profissionais das três divisões. O Ministério do Trabalho da Argentina interveio e a federação de futebol se comprometeu a arcar com 35% do total, a serem pagos até dia 30. Os clubes liqüidariam o restante até 30 de julho. "Devemos ir com calma", avisou Sergio Marchi, secretário-geral do sindicato dos jogadores. "Quem disse que há acordo?", questionou o sindicalista ao rebater informações oficiais de que a greve não sairia. "Ainda há muito o que discutir e não se trata apenas de salários em atraso", avisou. Marchi alega que os atletas profissionais não querem apenas receber o que lhes é devido. A categoria pretende também que sejam criados mecanismos para garantir seus direitos, permanentemente. "É preciso criar mecanismos claros para punir os caloteiros", sugeriu.