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Artilheiro, Andrei comemora boa fase

Com sete gols marcados até aqui, o zagueiro do União São João é novo artilheiro do Campeonato Paulista da Série A-1.

Por Agencia Estado
Atualização:

O zagueiro Andrei, do União São João, novo artilheiro do Campeonato Paulista da Série A-1 com sete gols, está feliz da vida. Não só pelo número de gols marcados, mas pelo bom futebol que vem apresentando. E a eficiência no fundamento que se tornou sua característica: a cobrança de falta. Dos sete gols marcados, três foram de pênalti, três de falta e um de cabeça. Com quatro jogos disputados, o jogador está com uma média de quase dois gols por jogo. Contra a Portuguesa Santista, Andrei marcou quatro gols - dois de falta e dois de pênalti. E, assim, ultrapassou a Washington, da Ponte Preta, que tem seis gols. A goleada do União sobre a Santista, por 7 a 2, foi a maior do Paulistão. Dono de um chute violento e preciso, Andrei afirma que não existe segredo para obter tanto sucesso nas cobranças. "Basta treinar. Eu cobro cerca de setenta faltas por treino, variando os lados. Se não tivesse como treinar, o rendimento, com certeza, seria baixo". Com estilo parecido, o jogador se inspira em seu ídolo em campo: o zagueiro André Cruz, ex-Ponte Preta, Flamengo e seleção brasileira, atualmente do Sporting de Portugal. "Gostava muito do jeito dele jogar, se posicionar e bater na bola. Imitava ele em campo e acabei pegando o jeito". Vivendo uma ótima fase, o que não acontecia desde os tempos de Atlético de Madrid, quando chegou a ser capitão do time, o jogador diz que ainda não está satisfeito. "Não me preocupo em ser artilheiro. Quero que o meu time vença as partidas". Tanto é verdade, que o União teve mais um pênalti a seu favor e ele foi cobrado pelo atacante Junior Amorim. "Deixei para ele porque ele estava precisando para ganhar moral", explicou humildemente. Esta é a primeira vez em sua carreira que Andrei marca quatro gols em um jogo. "O máximo antes disso foram dois gols em algumas partidas", afirma. Numa temporada, Andrei já marcou 14 gols, quando defendia o Atlético-PR. Revelado pelo XV de Jaú no começo da década de 90, Andrei começou no futebol como lateral-esquerdo. Mas acabou virando zagueiro rapidamente. "Meu forte é a marcação, a lateral exige um esforço muito grande e achei melhor ficar na zaga", diz. Depois Andrei jogou no Palmeiras, Flamengo, Fluminense, Juventude, Atlético-PR, Santos, Atlético de Madrid e Real Bétis, ambos da Espanha. Foi no Bétis, por sinal, que sua carreira teve um declínio. "O estilo é diferente, não consegui me adaptar. Acabei voltando para o Brasil e o União de Araras me abriu as portas. Sou grato a eles". Por causa dessa volta, o zagueiro ficou os últimos seis meses sem jogar. Com o jogador treinando no clube, a diretoria do União tratou logo de comprar seu passe, o que conseguiu no começo deste ano. Pela seleção brasileira, Andrei passou por todas as categorias de base. Sua última convocação aconteceu no Pré-Olímpico do Paraguai, em 1992. "Nunca estive na seleção principal. Sonho com uma convocação. Já trabalhei com o Leão, ele conhece meu trabalho e se precisar, é só me chamar".

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