Associação de Gana nega acordo para manipular jogos

Entidade desmente suspeitas de armação de resultados

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O presidente da Associação Ganesa de Futebol (GFA, na sigla em inglês), Kwesi Nyantakyi, desmentiu reportagens da imprensa inglesa que davam conta de que a entidade teria fechado um contrato para envolver a seleção do país em manipulação de resultados. Segundo o dirigente, todas as conversas envolveram apenas a negociação dos direitos de transmissão dos jogos de Gana. Um repórter do diário britânico e um ex-investigador da Fifa alegaram representar uma empresa que compraria os direitos de sediar amistosos.

Os dois falsos representantes afirmaram poder recrutar árbitros que manipulariam os resultados, e o Daily Telegraph disse que um contrato que submeteram à GFA especificava as condições do acordo, incluindo quem indicaria os juízes. O Telegraph exibiu um vídeo em seu site que mostra o que disse ser uma reunião entre autoridades da GFA e o ex-investigador da Fifa na qual a manipulação foi discutida. "Não é verdade que nós fizemos negócio com pessoas envolvidas com arranjo de resultados ou quem esteja disposto a fazer isso para sua conveniência, em partidas da seleção de Gana contra qualquer outra", afirmou Nyantakyi ao site da GFA nesta segunda-feira. "Foi uma série de interpretação de meias-verdades e ''meias-mentiras''. As matérias do jornal e do canal são totalmente imprecisas", disse o dirigente, referindo-se ao diário Daily Telegraph e à emissora de TV Channel 4''s.
O presidente da GFA explicou o motivo dos encontros. "Os dois homens nunca me disseram nada disso de arranjo de partidas. Eles apresentaram propostas comerciais pelos direitos de transmissão de nossos jogos. Eu entendi que era algo como a Kentaro fez com o Brasil", afirmou Nyantakyi, citando o antigo acordo comercial da empresa suíça com a CBF, rompido em 2012. O presidente garante que nada foi fechado entre as partes. "Eu os disse que nem havia lido o contrato. Se eu tivesse concordado, teria assinado o acordo. Não houve negócio e é por isso que o contrato não foi assinado e até agora permanece sem assinatura", afirmou o dirigente. No domingo, a GFA comunicou que os nomes de Messrs Christopher Forsythe e Obed Nketiahde - as pessoas acusadas pelos veículos ingleses de tentar manipular jogos - foram passados à Fifa, à Confederação Africana de Futebol e à polícia de Gana. À parte da polêmica, a seleção de Gana tem um ponto ganho na Copa do Mundo até aqui e precisa vencer Portugal na última rodada do Grupo G para ainda sonhar com classificação para as oitavas de final. A seleção africana também precisa que haja um vencedor no confronto entre Alemanha e Estados Unidos, preferencialmente que sejam os alemães. Neste caso, um triunfo ganês por dois gols de diferença será o suficiente para tomar dos norte-americanos a segunda posição da chave.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.