
18 de março de 2016 | 18h41
O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, promoveu nesta sexta-feira mudanças na cúpula do clube. O vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, deixou o cargo e assume a diretoria de relações institucionais. Outra mudança é a saída do diretor de futebol, Rubens Moreno, que será substituído no cargo por Luiz Cunha, diretor da base. A pasta comandada por Ataíde ficará vaga por enquanto.
O clube decidiu fazer as mudanças por entender que os resultados do time estavam abaixo do esperado em 2016. O São Paulo está em situação complicada na Copa Libertadores, com apenas dois pontos em três rodadas. Já no Campeonato Paulista, faz a pior campanha entre os quatro grandes, com um aproveitamento de 48% dos pontos ganhos e duas derrotas seguidas.
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O departamento de futebol recebia grande pressão dos conselheiros por também não ter conseguido fazer uma grande reformulação do elenco para a atual temporada e nem resolver problemas antigos, como a evolução do rendimento do time e o retrospecto melhor em clássicos.
A mudança anunciada nesta sexta-feira manteve no cargo o diretor executivo de futebol, Gustavo Oliveira. O dirigente retornou ao cargo em outubro do ano passado, junto com o Ataíde Gil Guerreiro. Os dois haviam sido demitidos pelo então presidente da época, Carlos Miguel Aidar, mas ganharam nova oportunidade quando Leco assumiu o cargo.
Ataíde era vice de futebol desde abril de 2014. Responsável por contratações e pela montagem do elenco, foi o pivõ da crise política que culminou com a renúncia de Aidar, no fim do ano passado. O dirigente, porém, voltou a ganhar força no clube no começo deste ano por ter negociado um novo contrato de TV para o São Paulo para a transmissão do Campeonato Brasileiro de 2019 a 2014. O acordo com a TV Globo foi considerado pelos conselheiros como muito positivo.
As mudanças desta sexta-feira vieram após dias de pressão interna crescente e devem complicar o ambiente político do São Paulo. Ataíde e Moreno são conselheiros e representam, respectivamente, os grupos políticos Legião e Vanguarda, que formam a parte da base que no ano passado elegeu Leco como presidente na disputa contra Newton Ferreira.
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