Atlético-MG arranca empate no Morumbi

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Por Agencia Estado
Atualização:

Quando um time oscila em jogos importantes, se procuram causas objetivas ou extraordinárias para justificar tropeços. No caso do São Paulo, numa inversão de valores, se elegeu o Morumbi como motivo para a instabilidade em momentos decisivos em 2003. Para alegria dos agourentos, também desta vez há o que lamentar por jogar em casa. A equipe paulista levou gol e susto, no começo do clássico deste domingo com o Atlético-MG, virou, mas aos 47 do segundo tempo cedeu o empate por 2 a 2. Com isso, foi a 55 pontos e agora está em 4º lugar. Os mineiros, com 48, perderam uma posição e ficam em 7º. Os supersticiosos puseram as mãos à cabeça, logo aos 7 minutos do primeiro tempo do jogo que encerrava a 31ª rodada da Série A. Os times ainda mal se ajeitavam em campo, quando Fábio Júnior arrancou pela esquerda do ataque do Atlético e cruzou rasteiro para a área. Lúcio Flávio vinha na corrida, fez jogo de corpo, enganou a marcação e deixou Alex Alves livre para tocar para o gol. A desvantagem não desconcertou o São Paulo, que foi à frente, sem muita inspiração. Mas com intuição suficiente para perceber que, se pressionasse, o rival entregaria o ouro. Não deu outra. A primeira vacilada ocorreu aos 21 minutos, com reposição de bola errada do Atlético. Kleber soube aproveitar-se da falha, deixou o zagueiro Scheidt desequilibrado e tocou sem chance para Velloso. Os mineiros nem tiveram tempo de entender o que acontecera. Aos 24, o zagueiro Luiz Alberto cometeu falta sobre Luís Fabiano, quase na entrada da área. Rogério Ceni cobrou, com pouco efeito, sem muita força. A única reação de Velloso foi a de levantar os braços para reclamar da barreira. A reviravolta abalou o Atlético-MG. Por alguns minutos, seus jogadores se preocuparam mais em trocar cobranças ásperas do que em acompanhar os jogadores do São Paulo. Dessa forma, Carlos Alberto aos 27 por pouco não faz o terceiro. A partir dessa jogada a qualidade do clássico, que já não era grande coisa, despencou. O São Paulo tirou o pé do acelerador e passou a tocar a bola, como se essa fosse a melhor estratégia para garantir a vitória. Os mineiros não encontravam o caminho certo para o empate. O tempo se arrastou e o intervalo veio como uma bênção. Os jogadores se refrescaram, porém voltaram dos vestiários com pouca inspiração. Os paulistas apostavam no descontrole do Atlético e não se deram mal, até os 47 minutos, porque o ataque rival abusou dos erros e da falta de pontaria em três lances perigosos ao longo do segundo tempo. O castigo para a indolência são-paulina veio em chute à queima-roupa de Fábio Júnior. E não adianta reclamar da sorte ou da responsabilidade de jogar no Morumbi.

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