Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro
, presidente do
, espera manter Neymar, Ganso, André e as estrelas do time - que ele diz valerem, juntas, mais de 100 milhões de euros (cerca de R$ 237 milhões) - por um longo prazo. O dirigente reforça que o projeto de sua administração não é de venda de jogadores e que o clube ganha mais mantendo-os do que negociando-os rapidamente.
TV ESTADÃO - Presidente do Santos quer manter time por dois anos
A metáfora que o presidente santista usa para se justificar: "Se você plantar café, não adianta usar o melhor adubo do mundo, vai demorar três anos para poder colher. Esse é o ciclo que acreditamos ser o ideal para os jogadores do Santos", discursa, em entrevista à rádio
nesta sexta-feira.
Isso não significa que nenhum jogador poderá ser vendido antes deste período. "Se o interessado pagar a multa contratual e o jogador quiser sair, não temos o que fazer". O caso mais chamativo atualmente é o de Neymar, que já chamou a atenção de times da Europa. "Não temos nenhuma oferta na mesa, e, mesmo se tivesse, o que vale: se o jogador não quer, nós não queremos. Tiramos isso de letra como o gol do Robinho contra o São Paulo [na primeira fase do Paulistão]", reforça.
Os cerca de 100 milhões de euros que o grupo de jogadores vale atualmente é a soma de todas as multas contratuais. Um total variável, já que tudo é negociável - as multas podem diminuir, assim como a oferta aumentar, reforça Ribeiro. "Eu acho que o Santos não tem preço [risos]. Mas o preço de jogador cada um coloca o que quiser".
O atual presidente santista discorda do ponto de vista do seu antecessor, Marcelo Teixeira, que acha necessário vender alguém como Neymar no meio do ano para pagar as dívidas e colocar tudo em ordem. "Uma outra maneira de pagar dívidas é ganhar na loteria. Queremos manter todos, queremos que criem identidade. O futebol precisa disso."
Atualizado às 16h40 para correção de informação