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Autuori não parou por um minuto no jogo

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Por Agencia Estado
Atualização:

Paulo Autuori vibrou junto com o time. Não parou sequer um segundo na beira do campo. E dali, ditou o ritmo do São Paulo. A área delimitada parecia uma jaula invisível para o treinador, que andava de um lado para o outro. Gesticulava, gritava com quem estava dentro e fora de campo. Se mostrava revoltado com as inúmeras faltas cometidas pela equipe paranaense e, principalmente, com a deslealdade que ficava clara em alguns lances mais ríspidos. Quando parecia que sossegaria no banco de reservas, voltava esbravejando. O esforço foi compensado no final. Paulo Autuori saiu de campo como bicampeão da Libertadores da América - já havia faturado o título com o Cruzeiro, em 1997. A conquista também pode ser considerada uma volta por cima do treinador, que voltou ao Brasil depois de ter o trabalho bastante questionado enquanto esteve à frente do comando da Seleção Peruana, nas Eliminatórias Sul-Americanas. E claro, espantou de vez a sombra de Emerson Leão. O gol de Amoroso, antes dos 20 minutos de partida, não foi suficiente para acalmar Autuori. Era possível ver em seu rosto toda a concentração no que acontecia do lado de dentro. E a musculatura do maxilar não relaxou nem um instante. Só parou para reclamar do pênalti (inexistente) de Alex em Aloísio. Segundos de tensão que acabaram quando a cobrança de Fabrício explodiu no pé da trave direita de Rogério Ceni. Só restava mais 45 minutos de tensão para Autuori. No entanto, a preocupação do São Paulo em não ceder o empate para o Atlético Paranaense durou somente mais oito minutos. A bola aérea que tanto tirou o sono de Autuori nos dias que antecederam a final, serviu de solução. Na cobrança de escanteio de Cicinho, Fabão se livrou da marcação de Durval e cabeceou no ângulo. Alívio. Foi o gol que fez com que Paulo Autuori respirasse fundo, com a certeza de que o terceiro título do São Paulo na Libertadores estava assegurado.

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