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Barcelona esnoba patrocínio da China

Por Agencia Estado
Atualização:

O Barcelona desconsiderou nesta quarta-feira, oficialmente, a possibilidade de o governo da China patrocinar a camisa do time, num acordo que esteve prestes a ser fechado há alguns meses. O clube espanhol - que se orgulha de não exibir publicidade em sua camisa, já admite mudar de posição, mas perdeu interesse em um acordo com os chineses. Atualmente, o clube só vê como potenciais clientes as multinacionais da Europa e dos Estados Unidos, em detrimento da China e do Catar, que também demonstrou interesse. O time catalão estuda agora outras formas de financiar os 15 milhões de euros previstos no orçamento para a atual temporada por conta de acordos de patrocínio. O Barça considera que o recurso poderá vir com a renegociação de contratos vigentes entre o clube e empresas subcontratadas. É o caso da Nike, com o qual o Barça assinou um acordo de US$ 12 milhões em fornecimento de artigos de vestuário até 2008, concedendo à multinacional os direitos de exploração da marca do clube. A reação inicial da Nike foi rejeitar a renegociação do contrato, mas após algumas ações de impacto do clube catalão, como a de inserir publicidade do maior rival mundial da empresa, a Adidas, no estádio Camp Nou durante alguns jogos, a multinacional admitiu rever o acordo. O Barcelona alega que seu contrato ficou totalmente defasado ao compará-lo com outros acordos, como o de Real Madrid e Bayern de Munique com a Adidas ou o de Manchester United e Juventus com a própria Nike, entre outros. A multinacional americana não daria, segundo esta visão, preferência ao Barça no âmbito internacional, em oposição ao que acontece com o Manchester. A posição da Nike, após a saída de seu diretor de marketing esportivo, Ian Todt, depois de se desentender com dirigentes do Barça nos escritórios do clube catalão, foi suavizada e ambas as instituições já estabelecem uma agenda para negociação. O Barcelona entende que ficou fortalecido depois de vencer o Campeonato Espanhol e pelo fato de contar com astros como o brasileiro Ronaldinho Gaúcho. A Nike não mostrou nenhuma posição sobre este ponto, embora a mudança em seu marketing esportivo possa ser interpretada como um gesto da Nike para chegar a um acordo com o clube para 2006. O Barcelona considera que deveria obter vantagens semelhantes às dos outros grandes times da Europa, que superam os 30 milhões de euros por licenciamento de marca para roupas esportivas. Apesar de não considerar a possibilidade do patrocínio do governo da China, o Barcelona continua negociando outros tipos de acordo com o ?gigante asiático?, relacionados a licenciamento de produtos do Barça, joint-ventures para explorar um estádio, contratos de excursão à China e apostas na Internet.

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