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Bauza vai conversar com Messi, mas diz: 'Não preciso convencê-lo de nada'

Técnico da seleção argentina falará sobre filosofia de trabalho e afirma que tem "pouco tempo"

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Por Redação
Atualização:

Confirmado na última segunda-feira como novo técnico da seleção argentina, Edgardo Bauza chega ao cargo em um momento bastante turbulento da modalidade no país. Não só pela crise política que vive a Associação do Futebol Argentino (AFA), mas também pela possibilidade de não poder contar com aquele que seria seu principal jogador, Lionel Messi, que anunciou sua aposentadoria da seleção após o vice-campeonato na Copa América Centenário.

A segunda questão, aliás, já mexe com a cabeça do treinador, que garantiu: irá conversar com o astro do Barcelona. "Não tivemos nenhum contato com o Messi ou algum familiar dele. A ideia é me reunir com os dirigentes e depois viajar para falar (com o Messi)", disse à Fox Sports da Argentina, em sua primeira entrevista como técnico da seleção.

Bauza chega com a missão de convencer o atacante a voltar àseleção Foto: Divulgação

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Bauza, no entanto, não perde o sono com a possibilidade de não poder contar com Messi. O agora ex-técnico do São Paulo, aliás, parece não ter levado muito a sério as declarações do astro. Ele acredita que o jogador tomou a decisão com a cabeça quente após a perda do título continental para o Chile e que sequer precisa ser convencido a voltar a vestir as cores argentinas.

"Não preciso convencê-lo de nada, preciso falar de futebol. Nós, que fomos jogadores, entendemos a frustração de perder uma final. Vou falar sobre minha forma de trabalhar. Não só com ele, mas com outras referências da seleção. Temos pouco tempo. Se há algo claro para o Messi, é o que precisa fazer em campo e que decisões tomar", comentou.

Segundo o treinador, a ideia é "explicar (ao Messi) um pouco da minha ideia. Entre nós dois, ver a possibilidade de como pode ajudar a seleção para que ela tenha o que precisa ter. Ver se pode seguir com todo esse compromisso que o vejo ter mesmo fora de campo com a equipe".

O anúncio de Bauza como novo técnico da seleção foi cercado de mistério, depois que outros nomes cogitados antes dele, como Jorge Sampaoli, Diego Simeone e Marcelo Bielsa, recusaram o cargo. Nos últimos dias, a notícia era de que o então treinador do São Paulo disputava com Ramón Díaz e Miguel Ángel Russo antes de ser escolhido. Confirmado, ele prometeu manter seu estilo e "dar a vida" pela seleção.

"Me chamaram e me disseram que haviam tomado a decisão e que eu seria o técnico. Agradeci pela confiança. Disse que podiam ficar tranquilos porque vamos dar a vida para que tudo aconteça da melhor forma possível. Não soube nada até as 19 horas (de segunda-feira). Não tinha nenhuma notícia", explicou.

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Substituto de Gerardo Martino, Bauza vai estrear na seleção no clássico diante do Uruguai, dia 1.º de setembro, em Mendoza, pela sétima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018. Para este primeiro teste, ele promete manter a base utilizada por seu antecessor, inclusive com Higuaín, nome tão badalado no último mês por causa da transferência do Napoli para a Juventus por 90 milhões de euros, mas que se destacou negativamente por perder gols importantes pela seleção em decisões.

"Não haverá grandes mudanças nas primeiras convocações. Seguiremos um caminho. Pode ser que haja nomes que não estavam sendo convocados, mas a grande maioria seguirá", garantiu. "Higuaín vai estar na lista. Chegar a um clube como o que ele chegou não foi um presente. Acho que não teve a sorte de ser tão efetivo na seleção como nos clubes, mas se dermos confiança, ele vai devolver com gols."