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Beira-Rio será a casa do Atlético-PR

Por Agencia Estado
Atualização:

Já que nos tiraram da nossa casa, vamos fazer do Beira-Rio a nossa casa. Esse passou a ser o lema dos jogadores do Atlético Paranaense no início da noite de hoje, após a confirmação, pela Conmebol, de que o primeiro jogo da final da Taça Libertadores da América vai ser mesmo disputado no estádio de Internacional, em Porto Alegre, quarta-feira, às 21h45. Apesar de nada indicar que a entidade sul-americana iria voltar atrás em sua decisão, ainda havia a esperança de jogar na Arena da Baixada. "A torcida nos incentivou durante todo o campeonato. Jogar em nosso estádio a final seria uma questão de justiça?, disse o volante Cocito. No entanto, a Conmebol não se sensibilizou com a iniciativa dos dirigentes do Atlético de levantarem, em cinco dias, uma arquibancada tubular com capacidade para 16 mil pessoas, para que a Arena tivesse a capacidade de público do estádio atingisse os 40 mil torcedores exigidos pelo regulamento. A preocupação com a segurança foi preponderante, embora os paranaenses entendam que o que pesou mesmo foi a influência política do São Paulo. "A gente queria muito jogar na Baixada. É ruim jogar em Porto Alegre, principalmente por causa da dificuldade que a torcida terá para ir até lá. Mas agora vamos procurar transformar o Beira-Rio na nossa casa?, afirmou o atacante Lima. Na segunda-feira à tarde, enquanto os jogadores do Atlético participavam de um treino fechado à imprensa, os dirigentes do clube jogavam as últimas fichas para tentar levar o jogo para Curitiba. A obra na Arena, com cerca de 200 operários, era tocada a plena vapor - a previsão era de que ficasse pronta ainda na noite de hoje ou na manhã desta terça-feira. O governo do Paraná entrou na briga a favor do clube do seu Estado e as secretarias de segurança dos três Estados do Sul informaram temer as conseqüências de possíveis encontros entre torcedores do Atlético e São Paulo na BR116, a estrada que leva a Porto Alegre. Em outra frente, o Atlético enviou três representantes à sede da Conmebol, em Assunção, inclusive o engenheiro responsável pela instalação das arquibancadas tubulares. Mas a reunião com os dirigentes sul-americanos de nada adiantou. Às 17h45 foi confirmada a partida para o Beira-Rio. O técnico Antonio Lopes procurou não dar muita importância ao fato de ter de jogar a 711 quilômetros de casa. "Não acho que isso favoreça o São Paulo. Temos que nos portar como mandantes?, disse. Ele não acredita que seus jogadores sentirão a mudança. "A preparação de uma equipe não é apenas física e técnica. É também psicológica. E vamos prepará-los bem neste aspecto.? Mas Cocito reconhece que vai ser difícil, agora, encher o Beira-Rio - embora a torcida do Atlético prometa esgotar os ingressos que começam a ser vendidos amanhã na Arena. "Vamos fazer do estádio do Inter a nossa casa, com nossos torcedores que forem lá e também com os gaúchos, que forem torcer pelo Atlético.? Otimista mesmo quando assunto é "casa cheia?, só o goleiro Diego. "Eles queriam 40 mil aqui, a torcida do Atlético vai colocar 40 mil lá?, prevê.

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