Belluzzo deve ser candidato da situação no Palmeiras

Único empecilho para formalizar a chapa da situação é Salvador Hugo Palaia, que também quer se candidatar

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Por Juliano Costa
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Luiz Gonzaga Belluzzo será o candidato da situação na eleição de janeiro no Palmeiras contra Roberto Frizzo, da oposição. O atual diretor de planejamento foi convencido por seus aliados de que é a única pessoa capaz de liderar uma chapa que será formada, mais uma vez, por diferentes grupos políticos - todos unidos, mais uma vez, contra o candidato apoiado pelo ex-presidente Mustafá Contursi. Veja também: Palmeiras está perto de acertar patrocínio com Samsung  Tabela e calendário do Paulistão 2009  Dê seu palpite no Bolão Vip do Limão O planejamento de campanha e gestão foi discutido no último fim de semana. E apesar de Affonso Della Monica dizer que só vai se manifestar publicamente no dia 6, o apoio do atual presidente é dado como certo por partidários de Belluzzo. Enquanto ele não vem, Belluzzo mantém a cautela e não se assume como candidato. Ao menos por enquanto. "Não acho certo lançar uma 'autocandidatura'. No tempo em que fui assessor do MDB (embrião do PMDB), aprendi que a pessoa não se lança candidata, ela é lançada", diz o economista, de 66 anos. O único empecilho para formalizar a chapa da situação é Salvador Hugo Palaia. O diretor financeiro não abre mão de também se lançar candidato. Afirma ter pelo menos 60 votos, mas há quem jure que não passa de 30. Mesmo assim, esses votos são importantes na composição da chapa. São 285 conselheiros aptos a votar e como a oposição tem pelo menos 120 - e há sempre as abstenções -, Belluzzo correria risco sem o apoio de Palaia. "O Gilberto (Cipullo, vice-presidente) já falou com ele. Esperamos chegar logo a um acordo". Belluzzo tem um currículo de respeito. Foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (1985-1987) durante o governo de José Sarney e secretário de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo entre 1988 e 1990, durante a gestão de Orestes Quércia. É professor titular de economia da Unicamp e conselheiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já foi candidato à presidência do Palmeiras uma vez, em 2003, mas foi derrotado por Mustafá Contursi. Justamente por ter uma agenda agitada, Belluzzo relutou em aceitar a indicação. Aceitou ao perceber que era a opção mais segura da diretoria, já que os outros que estavam cotados sofrem de rejeição no clube - Paulo Nobre, José Cyrillo, Gilberto Cipullo e Seraphim Del Grande. Belluzzo jura que "ainda" não é candidato, mas já tem plataforma de governo. "Quero mudar muitas coisas. Se fosse para manter o status quo, ficava em casa, confortável". Ele quer profissionalizar alguns departamentos, como os de futebol, marketing, planejamento e gestão financeira.  Diz estar convicto que a parceria com a Traffic "é a melhor possível no futebol de hoje" e garante que o ritmo das obras da Arena Palestra vai se intensificar em janeiro, com a construção do prédio de seis andares que abrigará os esportes amadores. "Houve um atraso nisso, mas o restante do cronograma está mantido. Em maio, começaremos a obra no estádio".

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