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Bierhoff diz que Alemanha 'deveria ter considerado uma Copa do Mundo sem Özil'

Meia foi muito criticado por questões políticas envolvendo a Turquia antes do torneio e teve fraco desempenho em campo

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Por Redação
Atualização:

Ex-atacante e atual gerente de futebol da Federação Alemã de Futebol (DFB), Oliver Bierhoff falou nesta sexta-feira sobre a vexatória eliminação da

seleção do país

na primeira fase da

Copa do Mundo

. Entre outras polêmicas que surgiram com o desempenho na Rússia, o dirigente se manifestou sobre o criticado Mesut Özil e considerou que talvez o melhor fosse deixá-lo fora do torneio.

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Özil foi bastante atacado por imprensa e torcida na Alemanha pelo péssimo desempenho em campo na Rússia. Mas também por ter sido um dos protagonistas de uma polêmica às vésperas do torneio. Descendente de turco, ele posou para foto ao lado do presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, acusado de adotar práticas autoritárias, violentas e contrárias à liberdade de imprensa. Questionado, evitou falar abertamente sobre o assunto, o que só ampliou a controvérsia.

Ozil admite que vai ser difícil absorver vexame da Alemanha na Copa Foto: Daniel Roland/AFP Photo

"Nós nunca forçamos qualquer jogador da seleção nacional a fazer algo, mas sempre tentamos convencê-lo (Özil) a falar", revelou Bierhoff em entrevista ao jornal alemão

Welt

. "Nós não tivemos sucesso com o Mesut. Por isso, talvez devêssemos ter considerado deixá-lo de fora (da Copa), de um ponto de vista esportivo."

O volante Ilkay Gündogan também apareceu na foto ao lado de Özil, chegou a se desculpar pelo episódio, mas, coincidência ou não, foi pouco utilizado na Rússia. "Eu acho que o fato de o Mesut e o Ilkay terem tirado estas fotos não nos deixou ocupados, mas o debate gerado depois, sim. Olhando para trás, eu teria tentado esclarecer este assunto", avaliou Bierhoff.

O ex-atacante, porém, admitiu que esta polêmica não foi responsável pelo péssimo desempenho da Alemanha, que, na Rússia, perdeu para México e Coreia do Sul e só venceu a Suécia graças a um gol marcado aos 50 minutos do segundo tempo. Por isso, prometeu rever o seu trabalho na federação, onde exerce seu cargo desde 2004.

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"O que contribuímos nos últimos 14 anos não pode ser ignorado, mas está claro que temos que colocar tudo em teste, tanto em termos pessoais quanto de estrutura. Isso inclui a composição do elenco, assim como processos internos. Será preciso cortes em todos os níveis, não nos apresentamos como um time na Rússia. Isso é algo que me machuca muito."

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