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Bilheteria da Copa na Rússia fica abaixo da receita no Brasil em 2014

Documentos confidenciais da Fifa apontam para queda em receita com ingressos e participação modesta de torcedores europeus

Por Jamil Chade
Atualização:

A Copa do Mundo na Rússia, apesar de sua proximidade com as capitais da Europa Ocidental, não conseguiu gerar a mesma renda em termos de ingresso que a Copa de 2014, no Brasil. Dados obtidos com exclusividade pelo Estado revelam que o Mundial da Rússia irá gera uma renda de US$ 495 milhões em ingressos. Pelo menos 40% desse valor virá dos torcedores russos.

Monumento da Copa do Mundo próximo à Catedral de Moscou, na Rússia. Foto: Sergei Karpukhin/Reuters

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Apesar de a Copa atingir uma receita recorde, o volume da bilheteria ficou abaixo dos US$ 518 milhões obtidos pela Fifa no Brasil, há quatro anos.  Naquele momento, eram os torcedores brasileiros que garantiram a maior fatia dos lucros e representaram 60% de todos os ingressos vendidos.

Apesar da queda em comparação a 2014, a venda de entradas continuará superior aos valores de 2010, na África do Sul. Naquele momento, a receita foi de US$ 411 milhões.

De acordo com a Fifa, 2,4 milhões de ingressos já foram vendidos para 2018. 120 mil outros ainda estão no mercado. Mas a presença da Europa Ocidental é relativamente fraca. 871 mil foram para mãos de torcedores russos, contra 88,8 mil para residentes dos EUA. O Brasil vem na terceira posição, com 75 mil.

O primeiro europeu apenas aparece na quinta posição, com a Alemanha somando 62 mil ingressos. Uma posição ainda mais distante está a Inglaterra, com 32 mil ingressos vendidos e abaixo até da Austrália.

Os pacotes VIP também registraram uma queda na Rússia, em comparação a 2014. Os documentos confidenciais apontam para vendas de US$ 360 milhões, contra mais de US$ 620 milhões obtidos pela Fifa no Brasil.

Ainda que os ingressos não estejam no centro do debate financeiro da Fifa, uma receita em queda é um elemento que vem preocupando os dirigentes. Não por acaso, a candidatura americana para sediar a Copa de 2026 insiste que vem para o jogo com um cartada importante: oferecer US$ 2,5 bilhões em receita de bilheteria para a Fifa num Mundial com 48 seleções.

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