Joseph Blatter, presidente da Fifa, anunciou que não vai deixar seu cargo e garante que não fez nada de “ilegal”. O suíço passou a ser alvo de um processo criminal por parte o Ministério Público da Suíça, que o investiga por gestão desleal e apropriação indevida de recursos.
Blatter está sendo investigado pelo Comitê de Ética da entidade e pode ser suspenso nos próximos dias. Mas, em um comunicado emitido por seus advogados, ele insistiu que fica até o fim de seu mandato, em fevereiro de 2016. “Não fiz nada de ilegal ou indevido”, garantiu o dirigente, por meio de seus advogados.
Uma das acusações se refere ao pagamento de US$ 2 milhões em 2011 para Michel Platini, atual presidente da Uefa e candidato à comandar a Fifa a partir de 2016. Blatter não explica o depósito. Mas garante que se tratou de uma “compensação válida e nada mais”.
O Estado revelou em sua edição de hoje que a suspeita da Justiça é de que o pagamento seria uma forma de compensação pelo fato de Platini ter desistido de concorrer à presidência da Fifa, em 2011.
Oficialmente, o pagamento se referia a trabalhos realizados entre 1999 e 2002. Mas que foram pagos nove anos depois. Platini também não explicou a demora pelo pagamento e nem quais foram os serviços prestados por ele.